Paraná contesta laudo sobre contaminação por aftosa

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Publicado terça-feira, 21 de fevereiro de 2006 as 11:46, por: CdB

Seis focos de febre aftosa foram identificados em fazendas do Paraná pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em nota divulgada nesta terça-feira, a Secretaria de Agricultura do Estado diz que está tomando todas as medidas de caráter sanitário na região. O órgão, no entanto, contesta os critérios utilizados para reconhecer os novos focos e compara o episódio à notificação feita em dezembro do ano passado na cidade de São Sebastião da Amoreira.

– Durante o período das investigações, ou seja, 122 dias, nenhum animal adoeceu ou morreu no Paraná e mais nenhuma suspeita da doença foi detectada no estado. Mesmo assim, o Ministério resolveu notificar focos com base na sorologia e nos preceitos do Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) – critica a Secretaria de Agricultura do Paraná.

Em São Sebastião da Amoreira, o Ministério da Agricultura localizou 1,7 mil animais com risco de contaminação por febre aftosa. Dessa vez, de acordo com o ministério, a zona atingida pela febre aftosa envolveria um rebanho de aproximadamente 4,5 mil animais, distribuídos entre os municípios de Loanda, Maringá, Bela Vista do Paraíso e Grandes Rios.

A febre aftosa é causada por variedades de vírus que debilitam o rebanho. Os animais perdem o apetite, diminuem a produção de leite e ficam vulneráveis a diversos tipos de doença. Não existe registro de prejuízo à saúde humana em decorrência do consumo da carne de animais contaminados. No entanto, muitos países proíbem a importação de carne das regiões com aftosa por receio de contaminação do rebanho local.