Um tribunal no Paquistão condenou dois homens à morte pelo atentado à bomba contra o consulado americano na capital Karachi que deixou 12 mortos e 20 feridos no ano passado.
Dois réus foram condenados à prisão perpétua; e um quinto, inocentado.
O julgamento foi realizado por um tribunal especial “antiterrorismo”.
No dia 14 de junho de 2002, um jipe cheio de explosivos, foi jogado contra a parede do consulado americano em Karchi, matando o motorista e mais 11 pessoas.
Radicais
Os réus seriam integrantes de um grupo radical derivado do militante Harkat ul-Mujahideen e que é pró Al-Qaeda.
Mohammed Imran e Mohammed Hanif foram condenados à morte por enforcamento.
Mohammed Sharib e Mufti Zubair pegaram prisão perpétua, e Mohammed Ashraf foi inocentado.
Advogados dos condenados disseram que vão recorrer contra a sentença.
Benção
“Essa sentença de morte é uma bênção para mim, apesar de as nossas mortes terem sido planejadas pelo governo para agradar os Estados Unidos”, disse Imran.
Durante o julgamento, que começou em novembro, os cinco acusados se declararam inocentes das acusações de assassinato, tentativa de assassinato, terrorismo e uso de explosivos.
O atentado foi um de uma série de ataques contra alvos ocidentais após o Paquistão ter decidido se unir ao grupo liderado pelos Estados Unidos na guerra no Afeganistão em 2001.
Os dois homens condenados à morte, Imran e Haneef, são acusados de ter tramado um atentado para matar Musharraf durante uma visita do presidente a Karachi em 26 de abril de 2002, no qual o mesmo carro teria sido usado.