Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm procurado o presidente do PDT, Carlos Lupi, para conversar sobre o papel do presidenciável Ciro Gomes na campanha. Eles veem o candidato como linha auxiliar do bolsonarismo e tratam seus ataques contra Lula como um “desserviço” ao país, típico de um inimigo da democracia.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Acabou a paciência do PT com o presidenciável pedetista, Ciro Gomes. Mesmo diante dos repetidos ataques, a campanha do ex-presidente Lula (PT) vinha resistindo a subir o tom contra o ex-governador cearense, mas o humor azedou na campanha petista. A avaliação é de que o pedetista se aliou a Jair Bolsonaro (PL), conforme apurou a jornalista Andréia Sadi, apresentadora de um programa vespertino na TV por assinatura.
Aliados de Lula têm procurado o presidente do PDT, Carlos Lupi, para conversar sobre o papel de Gomes na campanha. Eles veem o candidato como linha auxiliar do bolsonarismo e tratam seus ataques contra Lula como um “desserviço” ao país.
— Ele podia arrancar votos de Lula no voto programático, legitimamente, mas não agir, na avaliação de petistas ao blog, ‘como uma linha auxiliar de Bolsonaro’ — disse Sadi, nesta tarde.
Heleno
Lula vinha poupando Ciro Gomes, em uma tentativa de não destruir as pontes em um eventual segundo turno. Mas a realidade, agora, é a outra.
O fato decisivo para o novo entendimento do papel de Ciro nestas eleições ficou representado na mensagem do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o general Augusto Heleno, nesta manhã. Ele publicou, no Twitter, um texto que escancara o papel de Gomes como linha auxiliar do bolsonarismo.
No vídeo compartilhado por Heleno, constam ataques do pedetista a Lula e ao PT. As imagens são acompanhadas do texto: “conservadores estão proibidos de falar, então deixem o Ciro falar”.
Falar a verdade sobre o PeTê/molusco é um desserviço à democracia? De qual democracia estamos falando, daquela da Nicarágua?