Organizadores do Fórum Social dizem temer vitória de Fogaça

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Publicado quinta-feira, 21 de outubro de 2004 as 20:57, por: CdB

Entidades que participam do comitê organizador do Fórum Social Mundial entraram na campanha eleitoral e manifestaram preocupação com a possibilidade de José Fogaça (PPS) derrotar Raul Pont (PT) na disputa para a prefeitura de Porto Alegre (RS).

Em nota divulgada nesta quinta-feira, os organizadores afirmaram que o evento é realizado em Porto Alegre em função das políticas implementadas pela administração municipal e a vitória de José Fogaça (PPS) comprometeria a condição da cidade como sede do Fórum Social Mundial.

Raul Pont (PT) tenta ser o quinto prefeito petista na capital gaúcha, mas é José Fogaça (PPS) quem lidera as pesquisas de intenção de voto.

– A mudança das políticas democráticas desenvolvidas em Porto Alegre, com o retorno daqueles que sempre estiveram com FHC e implementaram o desastre neoliberal no país, comprometeria a condição de Porto Alegre como capital do Fórum Social Mundial – disse a nota.

Segundo assessores do escritório do Fórum, em Porto Alegre, a nota é resultado da reunião do Comitê Organizador Brasileiro, realizada em São Paulo, na última terça-feira.

– A razão do Fórum acontecer em Porto Alegre está intimamente ligada às construções políticas e sociais dos últimos 16 anos em contraposição às forças conservadoras que impuseram nesse período o neoliberalismo com todas suas sequelas de fome, miséria, desemprego e desigualdades sociais no nosso país e no mundo –  completou o documento.

O Fórum Social Mundial é um evento que reúne militantes de esquerda de vários países. Os organizadores trabalham com uma estimativa de 150 mil participantes para a próxima edição, programada para janeiro de 2005.

A nota foi reproduzida no site do candidato Raul Pont (PT). A coordenação da campanha de José Fogaça (PPS) divulgou um comunicado no qual responde à preocupação dos organizadores do Fórum.

Além de reafirmar a importância econômica do evento, os partidários de Fogaça defendem a manutenção do Fórum, em Porto Alegre, por ser um espaço democrático para manifestação de opiniões de ativistas de todo o mundo.

– Reafirmamos o compromisso de receber, de braços abertos, todos os movimentos sociais, de todas as origens culturais e de todo o mundo – informou o documento.