ONU quer investigar morte de civis em Falluja

Matéria publicada nesta quarta-feira pelo jornal New York Times informa que a principal comissária de direitos humanos das Nações Unidas criticou veementemente a morte de civis em Fallujah, alegando que os transgressores das leis humanitárias internacionais devem prestar contas à justiça. 

A comissária, identificada como Louise Arbour, não chegou a mencionar especificamente ataques de insurgentes a reféns ou a investigação aberta pelo Exército dos EUA sobre o vídeo de uma rede de TV que mostra um fuzileiro naval americano atirando contra um homem ferido em uma mesquita em Falluja.

– Tem havido relatos durante o atual confronto sobre supostas violações das regras de combate criadas para proteger civis e combatentes – disse ela em um comunicado, segundo o jornal.

– Todas as violações da lei humanitária internacional e da lei de direitos humanos devem ser investigadas e os responsáveis por essas infrações – incluindo atirar deliberadamente em civis, lançar ataques desproporcionais e indiscriminados, matar pessoas feridas e usar escudos humanos – precisam ser levados a justiça, sejam eles membros da Força Multinacional ou insurgentes – disse ainda o comunicado.

Ela também reclamou da falta de acesso independente aos civis acusados em meio aos combates em Falluja e de informação sobre o número de vítimas civis nos confrontos.

A declaração de Arbour foi feita no mesmo dia em que militares americanos disseram no Iraque que estavam investigando uma alegação de uso ilegal da força por um fuzileiro naval americano na morte de um combatente inimigo, disse o jornal.

A investigação foi aberta depois que a rede de TV americana NBC flagrou o momento em que um fuzileiro naval atira contra um prisioneiro iraquiano ferido e aparentemente desarmado dentro de uma mesquita em Falluja, no sábado passado.