Argentina e Itália fazem nesta terça-feira um duelo de potências na busca de uma vaga na final do torneio de futebol de Atenas 2004, no que promete ser a melhor partida da competição olímpica.
Dois estilos diferentes se enfrentarão no estádio Karaiskaki com uma bagagem histórica que, mesmo antes da competição, já os credenciava à medalha de ouro.
A Argentina chega às semifinais na qualidade de grande favorita, mas a Itália, que teve alguns tropeços no caminho, mantém o prestígio intacto devido à grande tradição.
O time argentino arrasou seus rivais na primeira fase e nas quartas-de-final, marcou treze gols, não sofreu nenhum, conta com o artilheiro da competição, Carlos Tevez (6 gols), e com uma tática de jogo baseada em uma forte pressão sobre o rival.
Os argentinos geralmente começam com três defensores e, quando conseguem a vantagem no placar, o treinador Marcelo Bielsa acrescenta um quarto jogador, para dar mais sustentação defensiva.
A Itália, por outro lado, teve problemas para empatar com Gana, superou o Japão por um gol e perdeu para o Paraguai também por um gol de diferença. Nas quartas, precisou de 116 minutos para vencer Mali pela contagem mínima.
O time marcou seis gols e sofreu cinco. Mas além dos problemas defensivos, a equipe de Claudio Gentile sofre com uma grande dependência do meia Andrea Pirlo.
Para Gentile, o rival de amanhã “é o pior que podia ter acontecido” a sua equipe nas semifinais, porque está com bom ritmo de jogo (atuou na Copa América antes de viajar para a Grécia), tem uma estrutura consolidada e jogadores com grande experiência internacional.
Para Bielsa, “amanhã acontecerá uma grande partida, um encontro excitante e que terá vários duelos em todos os setores do campo”. Entre eles os de Alberto Gilardino-Roberto Ayala e Carlos Tevez-Matteo Ferrari.
Na Argentina, o zagueiro do Manchester United Gabriel Heinze é dúvida, pois sente uma lesão no quadril, e pode ser substituído por Nicolás Burdisso.
Na história dos Jogos Olímpicos, a Itália conseguiu uma medalha de ouro, uma de prata e outra de bronze, enquanto a Argentina soma duas de prata, a última delas há oito anos, em Atlanta.