OEA ameniza monitoramento da democracia no continente

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Publicado quarta-feira, 8 de junho de 2005 as 10:25, por: CdB

A Assembléia-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) chegou ao final em Fort |Lauderdale com uma declaração que ameniza a proposta dos EUA de criar mecanismos para monitorar a democracia no continente, chegando a um consenso entra as exigências dos americanos e a cautela latino-americana.

A OEA, que teve sua primeira reunião nos Estados Unidos desde 1974, também se comprometeu a ajudar a Bolívia, um dos 34 países do grupo, a superar a crise política e social que sofre atualmente, com grupos indígenas exigindo a nacionalização dos recursos naturais.

Mas a organização preferiu manter-se longe de interferir diretamente no país andino, reafirmando seu princípio de não-intervenção, o qual os ministros participantes disseram representar seu espírito de base. Para críticos, porém, isso significa uma das razões de sua ineficácia.

O subsecretário dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roger Noriega, disse que seu país ficou satisfeito com o resultado dos três dias de debates em Fort Lauderdale, na Flórida.

– Nossa posição sempe foi de solidariedade e de movimentação pró-ativa para prevenir o rompimento da ordem democrática, em vez de sancionar países – disse Noriega a jornalistas logo depois do acordo para a declaração final.

A proposta original dos EUA era a de que a sociedade civil ou antigos estadistas monitorassem a adesão de seus países aos ideais democráticos e de alguma maneira garantissem a responsabilidade dos governos.

Mas vários Estados foram contra a proposta, principalmente a Venezuela, cujo presidente Hugo Chávez é um crítico freqüente do governo americano e a quem Washington acusa de mostrar tendências autoritárias.