Nas últimas quatro semanas foram registrados, em todo município do Rio de Janeiro, 994 casos de catapora. No ano, são 3.384 casos – número que já ultrapassa os registros de todo o ano passado: 3.358. Mas como a notificação não é obrigatória, os médicos acreditam que o número de casos seja 10 vezes maior.
– Nesta época, final de inverno e início de primavera, nós temos um aumento no número de casos de catapora. Está ocorrendo uma epidemia em São Paulo e estamos observando como vai ser a evolução da doença no Rio – afirma Méri Baran, coordenadora da Secretaria municipal de Saúde.
Os sintomas mais comuns são: febre, manchas e bolhas avermelhadas e coceira. A catapora, também conhecida como varicela é transmitida por vírus. O contágio se dá pelo ar ou pelo contato direto com as lesões.
A catapora é mais comum em idade escolar, mas a doença também pode atingir adolescentes e adultos. A forma mais eficaz de prevenção é a vacina, que existe no Brasil desde 1998, mas ainda não está disponível à população na rede pública de saúde no Rio de Janeiro.
Os especialistas orientam sobre o tratamento.
– É preciso tomar remédio para febre e fazer uma boa higiene na pele para evitar que haja infecção. Não se deve coçar a pele, porque cada vez que coça, facilita a entrada de bactérias. Se você tiver nesse momento alguém com catapora em casa, evite o contato muito próximo. Quanto maior a proximidade, maior é a gravidade desse segundo caso na mesma casa, dentro da mesma família – explica o médico Edimilson Mogowski.
Segundo a estimativa da Secretaria Municipal de Saúde, os bairros mais atingidos são Jacarepaguá, Ipanema, Méier, Santa Cruz e Ilha do Governador.
Número de casos de catapora pode ser 10 vezes maior
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Publicado terça-feira, 27 de setembro de 2005 as 10:38, por: CdB