Número de acidentes cresce na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega

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Publicado segunda-feira, 2 de maio de 2005 as 10:30, por: CdB

A Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, que cruza as cidades do litoral sul de São Paulo, registrou um aumento no número de acidentes no primeiro trimestre de 2005. Foi um crescimento de 16,73% em relação ao mesmo período do anos passado. Esse número torna-se ainda preocupante se a comparação ficar restrita ao trecho entre o Balneário Gaivota, em Itanhaém, e o entroncamento da rodovia estadual com a Régis Bittencourt (BR-116), em Miracatu.

Nesse trecho em que a pista ainda não está duplicada, o número de acidentes registrou um salto de 21,6% em apenas um ano. Para piorar, o número de mortes cresceu 80%, com destaque para os atropelamentos e colisões frontais. A Secretaria de Estado dos Transportes ,confirmou na última quinta-feira, o reinício das obras de duplicação da pista no trecho de 8.640 metros entre o Balneário Gaivota (Km 336,3) e o trevo principal de Peruíbe (Km 344,9).

O contrato com a Galvão Engenharia, que venceu a licitação, deverá ser assinado dentro de 15 dias e o trabalho será reiniciado de imediato, exatamente um ano após o rompimento do contrato com a empreiteira que havia assumido a obra em outubro de 2003, mas entrou em concordata.

A duplicação da pista entre o trevo principal de Itanhaém e a entrada de Peruíbe começou em agosto de 2001 e dois lotes foram entregues em 2003, mas a empreiteira Souza Galasso, que havia vencido a licitação para o trecho Gaivota-Peruíbe, abandonou o serviço poucos tempo depois, por problemas financeiros. O reinício da duplicação foi orçado em R$ 36 milhões.

Dos 73 acidentes registrados este ano, 22 aconteceram em Peruíbe e outros 12 nos poucos metros de pista simples que restam entre Itanhaém e a divisa com Peruíbe. Nos três primeiros meses de 2004, esse trecho havia sido palco de apenas 21 acidentes. Neste ano, um terço das nove mortes ocorreu nos 8.640 metros de pista que separam as duas cidades, contra outras seis mortes nos outros 45 quilômetros que levam à BR-116.

O número de vítimas graves motivadas pelas colisões, capotamentos e atropelamentos nesse trecho cresceu 30,76% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2004. Em compensação, o número de vítimas leves caiu em 27,27%. Dados da Polícia Rodoviária apontam um movimento diário de cerca de 15 mil veículos nesse trecho.