Novo atentado assusta Tel-Aviv

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Publicado domingo, 11 de julho de 2004 as 09:47, por: CdB

 Pelo menos uma mulher morreu e outras 20 ficaram feridas neste domingo quando uma bomba explodiu em um ponto de ônibu em Tel Aviv. Este é o primeiro atentado em Israel desde que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU condenou o muro que o Estado judeu está contruindo na Cisjordânia, classificando a construção como ilegal e equivalente a uma anexação de terras palestinas.

Em seus primeiros comentários públicos a respeito da decisão de sexta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse que a explosão foi provocada “dentro dos prognósticos do parecer”, sugerindo que a decisão da Corte vai apenas encorajar atos de violência.

– Quero deixar claro, o Estado de Israel absolutamente rejeita a decisão da Corte Internacional de Justiça – afirmou ele. – É um parecer parcial e motivado por fatores políticos.

As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, um grupo de combatentes que integra o movimento Fatalh do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, assumiu a autoria do ataque. Em um telefonema anonimo ao escritório da agência Reuters na Cisjordânia, uma pessoa que disse pertencer ao grupo disse que o atentado deste domingo era para vingar a morte de dois altos comandantes das brigadas e de outros palestinos nas mãos do Exército israelense, em diferentes incursões em Gaza e na Cisjordânia este ano.

Pouco antes, o chefe da polícia de Tel-Aviv, Yossi Sedbon, disse em entrevista à rádio do Exército que havia indícios sugerindo que radicais palestinos teriam colocado a bomba, que explodiu durante a hora do rush matinal. 

– Este não foi um atentado suicida, mas um artefato colocado perto do ponto de ônibus, em um canteiro – disse Sedbon.