Novidades sobre o acervo sganzerliano

Desde o falecimento do cineasta Rogério Sganzerla, em janeiro passado, vítima de um câncer no cérebro, não param de brotar notícias na imprensa sobre o vasto material inédito deixado por ele. A última matéria sobre o legado sganzerliano foi publicada no Correio da Bahia, onde fica bem claro a quantas anda esse novo fôlego sobre a obra do cineasta. Segundo a matéria, estariam já selecionados para restauração os seguintes títulos: O Bandido da Luz Vermelha, A Mulher de Todos, Copacabana Mon Amour, Documentário (curta-metragem de estréia do diretor), HQ, Brasil e E o Petróleo Nasceu na Bahia. E por que não se encontra nessa lista Carnaval na Lama (ou Betty Bomba, A Exibicionista)? Não se tem notícia de outro filme de Sganzerla em tão cruel estado de deterioração. Outras fitas que são conhecidas de nome, como Mudança de Hendrix, que não se tem idéia do estado em que se encontra, também vão continuar, por enquanto, sem cuidados. A filha de Sganzerla, Sinai, revelou a existência de um livro, pronto, escrito por Sganzerla sobre Orson Welles e a vontade de fazer um outro livro reunindo diversos textos do cineasta sobre cinema, música e artes em geral. O Centro Cultural Rogério Sganzerla, segundo o Correio da Bahia, deve ser inaugurado em maio, no Parque da Luz. A atriz Helena Ignez, viúva do cineasta, prevê lançar em 2005 Luz nas Trevas, último roteiro de Sganzerla, que seria uma espécie de continuação de O Bandido da Luz Vermelha e marcaria a estréia da atriz na direção de longa-metragem.