Nova York espera restabelecimento de energia em clima de feriado

A cidade de Nova York registra, nesta sexta-feira, pouca atividade, num clima de quase feriado, enquanto espera que o abastecimento de energia elétrica seja normalizado. Em algumas regiões, o fornecimento já é de quase 90 %.

O prefeito da cidade, Michael Bloomberg, acredita que o serviço elétrico estará totalmente restaurado até o final da tarde desta sexta e a cidade voltará ao normal na próxima segunda.

O metrô, meio de transporte chave em Nova York e que desloca diariamente 7 milhões de passageiros pode voltar à normalidade no final do dia, enquanto que a linha metropolitana de ônibus e os trens das redondezas estão funcionando com sua capacidade mínima.

Os aeroportos JFK, Newark (Nova Jérsei) e La Guardia retomaram suas operações após a paralisação inicial, mas alguns vôos ainda registram demoras.

Num dia ensolarado e de altas temperaturas, muitos nova-iorquinos seguiram o conselho de Bloomberg e não foram trabalhar. A maioria dos escritórios e várias lojas permaneceu fechada. Com pouco trânsito e muitas pessoas nas ruas, turistas em sua maioria, o dia nesta sexta no centro de Manhattan, por exemplo, lembra o domingo.

Segundo os últimos dados divulgados esta manhã, em 90 % do norte da cidade e de Long Island a energia voltou ao normal. Já em Manhattan este percentual é de pelo menos 50 %. A zona baixa da ilha, de Buttery Park até a rua 42, é a mais prejudicada pela falta de energia elétrica. Por isso, seus moradores decidiram passar o dia fora de casa.

A tranqüilidade vivida nesta sexta em Manhattan contrasta com o cenário de quinta, quando milhares de pessoas foram às ruas, buscando uma maneira de sair da ilha e chegar em casa. A noite foi complicada para os agentes de segurança, que tentaram evitar que a falta de energia fosse aproveitada para roubos e saques, como aconteceu no apagão de julho de 1977.

O número de delitos cometidos nesta quinta à noite foi inferior, porém, ao de uma noite normal segundo as autoridades, que agradeceram a colaboração cidadã. O telefone de emergência 911 recebeu 80.000 chamadas no total, enquanto que os bombeiros tiveram de socorrer cerca de 800 pessoas que ficaram presas em elevadores.

Os serviços de urgências dos hospitais também registraram atividade acima do habitual, fundamentalmente por problemas relacionados às altas temperaturas.