Normas do CMN e dados do Focus dominam atenção

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Publicado segunda-feira, 7 de março de 2005 as 10:57, por: CdB

Os investidores observaram os indicadores tradicionalmente divulgados às segundas-feiras e repercutiram as mais recentes medidas cambiais, anunciadas na última sexta-feira pelo Banco Central (BC). Chama a atenção do mercado o Relatório de Mercado, levantamento de projeções macroeconômicas feita semanalmente pelo BC com as instituições financeiras do país.

Na semana que antecede a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o chamando “Boletim Focus” , apontou elevação na projeção média para o índice oficial de inflação de 2005, que passou de 5,68% para 5,72%.

No caso da Selic, os analistas financeiros também aumentaram a expectativa de elevação em março. A estimativa sugere um aumento de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros, para 19,25%. No levantamento anterior a mediana das expectativas havia ficado em 19%, projetando aumento de 0,25 ponto. A expectativa para a taxa de câmbio no final deste ano permaneceu em R$ 2,80.

O único indicador de inflação programado para esta jornada é o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A perspectiva do mercado é de que o índice registre variação de 0,47%, com desaceleração frente ao resultado anterior.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) também apresenta o resultado da balança comercial registrado durante a primeira semana de março. Na última sexta-feira, o Banco Central anunciou medida que favorece os exportadores.

De acordo com as novas normas, os exportadores terão até 210 dias, após o embarque das mercadorias, para internalizar os dólares obtidos com as vendas à vista. No caso de exportações financiadas, o prazo depende do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), mas o limite é de 720 dias.

Ainda na última semana, o Conselho Monetário Nacional (CMN) também determinou a extinção das contas de não-residentes em instituições financeiras, conhecidas como CC-5. A decisão visa a trazer maior transparência e desburocratização na transferência internacional de recursos, como considerou o diretor da área internacional da autoridade monetária, Alexandre Schwartsman.

Outra medida aprovada pelo CMN trata da unificação dos mercados de câmbio. Isso significa que deixam de existir” as diferenças normativas entre os mercados de câmbio de taxas livres e taxas flutuantes, passando a existir um mercado de câmbio sujeito a apenas um conjunto de regras” .

O mercado local fica atento ao noticiário político envolvendo a possibilidade de reforma ministerial nesta semana. Dos Estados Unidos, o único dado a ser revelado é o volume de crédito ao consumidor concedido em janeiro. A estimativa é de que o montante atinja US$ 5,2 bilhões no período.