Munição explode e mata 13 soldados afegãos

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Publicado segunda-feira, 4 de agosto de 2003 as 14:08, por: CdB

Um soldado manuseou erroneamente um morteiro quando descarregava armas e o artefato explodiu, causando a morte de 13 pessoas e ferindo outras nove no norte do Afeganistão, informou nesta segunda-feira o senhor da guerra Abdul Rashid Dostum. Todos as vítimas eram soldados leais a Dostum.

O morteiro estava dentro de cinco caminhões repletos de armas coletadas durante uma ação de desarmamento na província de Jozjan. O acidente ocorreu ontem e destruiu dois dos cinco caminhões do comboio em Aqcha, um distrito de Jozjan, disse o senhor da guerra à The Associated Press.

— Um soldado inexperiente jogou o morteiro com força, o que causou a explosão — disse Dostum, que também é conselheiro de segurança do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai.

Forças leais a Dostum, da etnia usbeque, entram freqüentemente em choque com os soldados de Atta Mohammed, de etnia tadjique. As batalhas entre os dois causaram ainda mais destruição no norte do Afeganistão durante o último ano.

Também no domingo, supostos rebeldes dispararam uma série de foguetes contra uma base militar dos Estados Unidos no sudeste do Afeganistão, fazendo com que os soldados americanos revidassem com disparos de artilharia, disse o coronel Rodney Davis, porta-voz das forças dos EUA na Base Aérea de Bagram, ao norte de Cabul.

Não houve vítimas nem danos no incidente ocorrido neste domingo em Orgun, uma pequena cidade da província de Paktika, disse Davis. Outros dois foguetes foram disparados contra uma base americana em Kandahar, mas o ataque também não causou vítimas nem danos.

Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores do Afeganistão, Abdullah, recebeu com satisfação o anúncio de um novo pacote de ajuda de US$ 1 bilhão oferecido pelos Estados Unidos para acelerar a reconstrução do país, devastado por duas décadas de sucessivas guerras.

Abdullah disse esperar que a ação americana encoraje outras potenciais nações doadoras a fazerem o mesmo.

— Trata-se de uma notícia muito boa para o povo do Afeganistão — disse Abdullah, que, como muitos afegãos, utiliza apenas um nome.