Mulheres com câncer ganharão micropigmentação na décima Tattoo Week

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Publicado quinta-feira, 13 de outubro de 2022 as 12:54, por: CdB

Estão previstas ações sociais como 180 doações de micropigmentação de sobrancelhas e 20 micropigmentações paramédicas de reconstrução das aréolas dos mamilos para mulheres com câncer.

Por Redação, com ABr – de São Paulo

Numa edição totalmente presencial após a pandemia de covid-19, a Tattoo Week chega à décima edição, em São Paulo, promovendo doações de tatuagens para mulheres com câncer. O evento será realizado no Expo Center Norte, na zona norte paulistana, entre os dias 21 e 23 de outubro.

A Tattoo Week chega à décima edição, em São Paulo, promovendo doações de tatuagens para mulheres com câncer

Estão previstas ações sociais como 180 doações de micropigmentação de sobrancelhas e 20 micropigmentações paramédicas de reconstrução das aréolas dos mamilos para mulheres com câncer.

As duas ações ocorrerão por meio do projeto Arte com Paixão, idealizado pela micropigmentadora paramédica Ana Savoy. Para participar dessas ações será necessário apresentar atestado médico.

Também doadas tatuagens de segurança para pacientes com doenças crônicas como diabetes e hipertensão; e tatuagem para cobertura de cicatrizes irreversíveis de mulheres, ação que terá a participação da tatuadora Letícia Marçal e Karlla Mendes com o Projeto We Are Diamonds (Nós somos diamantes).

Tatuagem

A 10ª edição da Tattoo Week vai contar com mais de 650 estandes de estúdios e empresas de tatuagem e piercing, somando mais de 5 mil expositores. Também haverá shows de Di Ferrero e das bandas Haikaiss, Big Up e Mato Seco, além de concurso de melhores tatuagens.

A iniciativa terá a participação do oncologista Davi Liu, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que dará entrevista em podcast para abordar a incidência do câncer de mama no Brasil e no mundo e também esclarecer sobre quais as formas de prevenção da doença.

Na sexta-feira (21), os visitantes poderão ingressar gratuitamente no local doando 2 quilos de alimentos não perecíveis (com exceção de sal e açúcar). Os alimentos arrecadados serão entregues para a Casa de Davi e o Instituto Brasil+Social/Projeto Driblando o Câncer. No sábado (22) e domingo (23), haverá cobrança de ingresso.

Para se inscrever na ação social, basta acessar site Arte dom Paixão. 

A programação e a venda de ingressos para a Tattoo Week estão disponíveis no site do evento.

Novo modelo de remuneração no SUS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu na terça-feira mudanças no modelo de remuneração no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele classificou de “desarrazoada” a tabela de procedimentos com valores fixos, sobretudo na atenção especializada.

Em sua visão, a saúde pública deve passar por reformas estruturantes no próximo período, o que inclui a adoção de um modelo de remuneração orientado por indicadores e metas. “Temos que monitorar resultados e premiar valor”, avaliou.

Questionado se a tabela do SUS deveria ser eliminada, ele respondeu que “não é questão de derrubar” e que ela “é apenas uma referência”. “Por exemplo, redução da mortalidade por infarto. Se não me entregar isso, vai receber menos”, afirmou.

Ele afirmou que, sem modelos de remuneração sustentáveis, a alternativa seria exigir novos esforços tributários da sociedade brasileira e citou a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), criada para financiar a saúde pública e cobrada sobre todas as movimentações bancárias até 2007. “O que nós queremos é o oposto. É reduzir a carga tributária”.

Queiroga questionou ainda a participação dos entes federativos no financiamento da saúde pública. “A tabela do SUS é apenas uma referência do componente federal do pagamento por produção. O Ministério da Saúde cuida dos recursos federais. Os estados têm que alocar 12% dos seus recursos e os municípios 15% para financiamento da saúde. Aí fica a pergunta: alocam? Se alocam, onde vemos isso? Porque o dinheiro federal você vê no Fundo Nacional de Saúde: R$32 bilhões nas contas de estados e municípios”, disse.

Indústria

Em seu discurso, Queiroga também afirmou ser necessário o desenvolvimento da indústria privada na área da  saúde no Brasil. Ele cobrou que as empresas assumam maior protagonismo, indo além das parcerias público-privadas e da demanda por verbas públicas. “Não quer maior participação do setor privado? Então vamos correr riscos juntos”, disse.

Segundo o ministro falta ao país um complexo econômico e industrial da saúde. “Já devia ter sido feito no passado, mas não se priorizou. Por exemplo, o Brasil tem uma fábrica de stents. E é para atender o sistema público, porque lá no privado querem buscar nos Estados Unidos”, disse.

Para Queiroga, ao mesmo tempo em que assegura o direito à saúde, o SUS gera oportunidades econômicas. Ele cita, por exemplo, a compra de medicamentos a preços atrativos para a indústria. “Queremos um complexo industrial que gere emprego, gere renda, gere tributos e gere inovação. E que seja capaz de dar as respostas que o país precisa, garantindo concorrência. Sem concorrência, o preço não cai. E nós não queremos segurar preço com controle de preços”.

O ministro também disse que o Brasil precisa apostar mais na transferência de tecnologia, a exemplo do acordo que possibilitou a produção da vacina contra a covid-19 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Mas não é só para o Brasil fazer remédio. Temos excelentes universidades. Por que não investimos na pesquisa básica?”

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