Mulher de Tony Blair recebe mais críticas por obter lucro pessoal

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Publicado domingo, 5 de junho de 2005 as 13:12, por: CdB

As críticas contra Cherie Blair, esposa do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, por aproveitar a posição de seu marido para obter lucros pessoais aumentaram neste fim de semana.

Jornais de todas as orientações, desde o direitista The Sunday Telegraph até o esquerdista The Independent on Sunday, criticam Cherie Blair por causa das palestras que ela dará em Washington nesta semana, quando o primeiro-ministro estará na capital dos EUA.

Cherie Blair é alvo de uma investigação parlamentar sobre as acusações de ter utilizado a reputação internacional de seu marido para alcançar objetivos puramente pessoais.

A esposa do primeiro-ministro do Reino Unido fará uma palestra nesta semana no Kennedy Center de Washington, em um ato organizado por uma fundação ou grupo de pensamento (os chamados “think tank”) da capital dos Estados Unidos.

As 2.500 entradas para a palestra, que custam de 45 euros a 480 euros, com jantar e café incluídos, estão esgotadas, segundo a imprensa britânica, que calcula que Cherie Blair embolsará cerca de 45 mil euros com esse evento.

Um porta-voz do Downing Street – escritório do primeiro-ministro do Reino Unido – afirmou no sábado à noite que Cherie Blair viaja como pessoa física aos Estados Unidos e que as despesas de viagem não serão custeadas pelos contribuintes britânicos.

Cherie Blair encontrará seu marido em Washington, já que Blair se reúnirá na próxima terça-feira com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a quem tentará convencer de seu plano para combater a pobreza no continente africano.

No Reino Unido, não há nenhuma lei que proíba a esposa de um chefe de governo de se aproveitar de sua posição pública para aumentar sua fortuna.

Segundo a imprensa, os Blair precisam de dinheiro porque fizeram um mau negócio com a compra de uma casa em um luxuoso bairro de Londres quando o mercado imobiliário estava em alta; tiveram que se conformar em alugar a casa por muito menos dinheiro que o previsto e têm que pagar um elevado crédito hipotecário.