Uma menina palestina de 11 anos morreu um dia após ter sido ferida por atiradores do Exército de Israel em frente a uma escola das Nações Unidas no sul de Gaza. A informação foi divulgada por médicos palestinos.
Ghadeer Mkheimar foi atingida por uma única bala no estômago, no campo de refugiados de Khan Younis, nesta terça-feira. Segundo autoridades palestinas e da ONU, ela foi dada como morta depois que cirurgiões tentaram salvá-la.
Uma fonte militar contou que os soldados abriram fogo contra atiradores palestinos, que aparentemente estariam em frente à escola, depois de atirar contra tanques num assentamento judeu próximo e numa posição do Exército.
Ainda nesta quarta-feira, o Exército de Israel suspendeu um comandante acusado por colegas, em reportagens publicadas em jornais, de alvejar o corpo de uma estudante palestina depois que seus colegas já haviam a matado.
Fontes militares disseram que o comandante da companhia foi afastado devido aos resultados de uma investigação sobre a morte da adolescente de 13 anos Iman al-Hams, ocorrida no dia 5 de outubro, no sul da Faixa de Gaza.
Hams levou cerca de 20 tiros quando passava por um posto de comando do Exército de Israel, quando seguia para sua escola em Rafah, um campo de refugiados em Gaza, na fronteira com o Egito. Segundo as fontes militares, a menina foi alvejada porque teria andado por uma área na qual a passagem é proibida quando há tiroteios na cidade. Ela teria sido confundida com um extremista pelos policiais do posto.
No entanto, soldados não identificados do posto contaram aos jornais israelenses que, depois de terem matado a menina, seu comandante atirou contra o corpo repetidamente. Testemunhas palestinas também presenciaram o ato
– A menina estava dentro da escola e quando a classe foi alvejada, o professor disse aos alunos para se abaixarem, mas, infelizmente, Ghadeer foi atingida – contou o tio da menina, Amin Mkheimar.