Ministro prevê geração de 800 mil empregos neste semestre

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Publicado segunda-feira, 5 de janeiro de 2004 as 09:31, por: CdB

Cerca de 800 mil novos postos de trabalho poderão ser gerados na construção civil, neste primeiro semestre, se houver o crescimento econômico previsto.

Otimista, o ministro do Trabalho, Jaques Wagner, disse nesta segunda-feira em entrevista ao programa “Bom Dia Brasil”, exibido pela Rede Globo de televisão, que “não há mágica: a grande forma de se gerar emprego é fazer o crescimento econômico voltado para as áreas que mais geram emprego”.

O ministro destacou as áreas de construção civil, serviços e turismo, e lembrou que para este ano foi aprovado o maior orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de R$ 7,5 bilhões.

– Tudo o que for realizado em saneamento, transporte e habitação pode gerar, por si só, aproximadamente 800 mil novos postos de trabalho na construção civil – afirmou.

Com crescimento em 2003 abaixo de 0,5%, lembrou o ministro, “fechamos com um milhão de novos postos”. Para 2004, com previsão de crescimento de 3,5%, “se olharmos para os setores mais empregadores, poderemos ter notícias boas”, acrescentou.

Sobre o projeto de nova estrutura sindical, Jaques Wagner informou acreditar que no início de fevereiro estará pronto, “fruto de entendimentos entre empresários e trabalhadores no Fórum Nacional de Trabalho, onde já começamos a discutir a legislação trabalhista”.

Estas mudanças, ressaltou, não serão decisivas na geração de empregos.

– Chamo a atenção que o alavancador da geração de empregos é o crescimento econômico. Se não houver o crescimento econômico, não adianta nenhum tipo de mexida em direitos, porque o emprego não chega.- disse.

O ministro disse ainda que crescimento econômico e geração de empregos também são responsabilidade do empresariado brasileiro, “que precisa ter uma visão de médio prazo, acreditar naquilo que está sendo feito e começar a investir numa força de crescimento consistente, gerando emprego e aumentando a renda do trabalhador”.

E destacou que o maior desafio do Brasil no momento é aumentar a competitividade entre as empresas sem reduzir os empregos.

– Se continuarmos com a tese de que toda competitividade quer dizer redução salarial e redução de emprego, estaremos caminhando para uma encruzilhada – alertou.