O Ministério da Saúde vai mapear todas as áreas contaminadas no país, até o final do ano, para a elaboração de um plano de ações na área de vigilância sanitária. O tema foi discutido em reunião de dirigentes de vigilância ambiental dos estados e municípios, na última semana passada, em Brasília.
O cadastramento feito pelo Ministério da Saúde chega a mais de 300 áreas contaminadas, mas levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente estima em mais de 800 as áreas de contaminação da água, do ar, do solo e subsolo, com ação de chaminés de indústrias poluentes, garimpos desativados, poluição da água com metais pesados, como chumbo, cádmo, cobre e mercúrio, e contaminação do subsolo por vazamentos de tanques enferrujados de postos de combustíveis.
O coordenador-geral de Vigilância Ambiental em Saúde, da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), Guilherme Franco Netto, disse que após o levantamento das áreas contaminadas o Ministério da Saúde vai discutir com os gestores em saúde, nos estados e municípios, que medidas serão tomadas para evitar as contaminações.
– Nós queremos que nos editais oferecidos pelos municípios para a Agenda 21, que trata do meio ambiente, sejam incluídos os critérios relacionados à saúde humana – disse Guilherme Franco.
Ele informou que o Ministério da Saúde pode colaborar com um processo de desenvolvimento sustentável para a construção de cidades, ambientes e metrópoles saudáveis a fim de garantir a qualidade de vida da população.
Para o coordenador, a maior parte da poluição do planeta é provocada pelo homem e, por isso, é necessário realizar campanhas com o objetivo de conscientizar a população, em cada localidade, de que com simples ações de proteção do ambiente em que cada um está, podemos evitar grandes danos à saúde.