Microsoft sofre novo processo contra o Windows Vista

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Publicado quinta-feira, 21 de setembro de 2006 as 13:15, por: CdB

Duas empresas de software dos Estados Unidos estão solicitando que a União Européia aja contra o novo sistema operacional Windows Vista, da Microsoft, informou o Wall Street Journal em reportagem publicada nesta quinta-feira. A Adobe Systems informou às autoridades regulatórias européias que a Microsoft deveria ser proibida de incorporar software gratuito de leitura e criação de documentos eletrônicos ao Vista, segundo o jornal, que cita fontes familiarizadas com a situação.

A produtora de software antivírus Symantec também enviará representantes a Bruxelas na semana que vem para informar jornalistas sobre os recursos do Vista que ela denunciou à União Européia. A empresa afirma que as funcionalidades prejudicarão os produtores rivais de software de segurança, segundo o jornal. A Symantec confirmou na quinta-feira que dois executivos viajarão a Bruxelas na semana que vem para discutir o Vista e questões de segurança: o vice-presidente de engenharia Rowan Trollope e o engenheiro que comanda o escritório de estratégia tecnológica do grupo, Bruce McCorkendale.

A dupla conversará com jornalistas. Não está determinado se também se encontrarão com representantes da União Européia, disseram membros da empresa norte-americana na Europa.

De novo

A Comissão, principal autoridade antitruste da Europa, expressou preocupações sobre o Vista, afirmando que há o risco de que a Microsoft bloqueie a concorrência no segmento de segurança de computadores ao vincular novos recursos a seu novo sistema operacional.

A Microsoft, que espera que a Comissão não exija a remoção dos recursos de segurança incorporados ao Vista, em sua versão européia, disse que o produto cumprirá os prazos e será lançado em janeiro. O impasse entre a gigante do software e a Comissão é apenas o mais recente em uma série de disputas.

Em 2004, a Comissão considerou que a Microsoft havia abusado de seu domínio no mercado de sistemas operacionais para prejudicar concorrentes menores nos segmentos de software audiovisual e servidores para escritórios. A Comissão determinou que o Windows Media Player fosse removido do sistema operacional da empresa e impôs multa recorde de ? 497 milhões, que a Microsoft está contestando.