Menen desmaia em Córdoba, mas já passa bem

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Publicado quarta-feira, 27 de setembro de 2006 as 13:41, por: CdB

O ex-presidente Carlos Menem, internado nesta terça-feira em um instituto de cardiologia na província de Córdoba, após desmaiar em um ato público, passa bem e está lúcido, garantiram funcionários do hospital. Imagens de televisão mostraram Menem, agora senador, perdendo os sentidos enquanto falava ao público em Córdoba, a 800 quilômetros de Buenos Aires, em um ato em que manifestava suas intenções de concorrer novamente à Presidência em 2007.

– Creio que está descartado um quadro grave como um infarto ou uma doença parecida. Não há, aparentemente, nenhum quadro muito grave – disse à rádio Cadena Sur o ministro da Saúde da província de Córdoba, Oscar Gonzalez.

– Ele está lúcido. Está em terapia intensiva, como todo doente que dá entrada com um quadro de descompensação aguda, como o que ocorreu – acrescentou o ministro, na porta do Instituto Modelo de Cardiologia, onde se encontra Menem.

Em 8 de setembro, Menem, de 76 anos, se internou em uma clínica de Buenos Aires onde, segundo sua filha, fez exames de rotina.

– O doutor Menem está bem. Tudo indica que se tratou de um quadro de hipoglicemia (nível de glicose no sangue inferior ao normal), causado pelo calor – disse o sobrinho do ex-presidente, o deputado Adrián Menem, ao canal de televisão América 24.

O médico César Serra, fundador e diretor do instituto, disse que Menem pode permanecer internado por até 48 horas.

– A pressão arterial foi controlada, ele foi hidratado, o que se faz na medida em que o problema vai se apresentando, e ele continua em observação, que pode se estender entre 24 e 48 horas – declarou Serra, segundo a agência estatal de notícias Telam.

Curiosamente, em seu discurso, Menem se referia a seu estado de saúde e afirmava que viveria mais de 104 anos, como o faraó egípcio Ramsés 2o.

– Acho que vou superar Ramsés II – dizia o senador, minutos antes de deixar o palanque, com destino ao hospital.

Menem, que se retirou da disputa eleitoral em 2003, diante das pesquisas que indicavam que ele perderia um segundo turno para o atual mandatário, Néstor Kirchner, foi operado em 1993, por causa de uma obstrução em uma de suas artérias carótidas. O ex-presidente governou a Argentina entre 1989 e 1999.