Mártires de Al-Aqsa advertem Israel

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Publicado domingo, 7 de março de 2004 as 11:29, por: CdB

As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, facção armada vinculada ao movimento nacionalista palestino Fatá, pediram a seus militantes que extremem suas precauções e juraram “responder com dureza” às últimas agressões de Israel contra o povo palestino. O grupo se manifestou por meio de um comunicado, que segue às últimas incursões do Exército israelense nos campos de refugiados de Al-Bureij e Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza.

Segundo fontes do hospital Shifa na cidade de Gaza, 14 palestinos foram mortos e cerca de 80 feridos nos dois campos, separados entre si por uma rua. “Anunciamos o máximo estado de alerta em todas nossas posições nos territórios e juramos responder duramente à ofensiva do Exército de ocupação israelense”, diz o comunicado. Também chamam a todos os militantes das diferentes facções e movimentos da resistência palestina a “fechar fileiras” já que “a ocupação israelense tem por objeto atacar a todos os palestinos de forma indiscriminada”.

As Brigadas instaram à Autoridade Nacional Palestina (ANP), presidida Yasser Arafat, a “adotar a opção da resistência”, e agregaram que o Governo palestino tem o dever de proteger a seus homens da resistência e preservar a unidade nacional dos palestinos. O comunicado também chama à ANP a rejeitar todas as exigências dos Estados Unidos e de Israel que têm o objeto de por um fim no alçamento armado palestino ou Intifada, e insiste em que a resistência é um direito legítimo dos palestinos.

O comunicado também adverte da “vingança cruel contra o Exército israelense pelo ocorrido em Al-Bureij e Nuseirat”, e indicou que as “Brigadas de Al-Aqsa” sempre “souberam como vingar os crimes de Israel”. Neste contexto, o chefe dos serviços secretos de Egito, Omar Suleimán, tem previsto visitar os territórios palestinos nos próximos dias, como parte dos esforços egípcios para acalmar a situação na zona e impulsionar um acordo de trégua entre as facções armadas palestinas e Israel.

Assim o informou o assessor de Segurança Nacional da ANP, o coronel Jibril Rajub, que acrescentou que Suleimán tem pensado reunir-se com Arafat, confinado por Israel em seus escritórios de Ramala durante mais de dois anos. Além disso se reunirá com outros representantes do executivo palestino. Rajub revelou que o objeto das conversações entre o enviado egípcio e os representantes palestinos será estudar as medidas unilaterais anunciadas pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, na Cisjordânia e Gaza.