Quatro meses depois de desastre, corpo é localizado dentro da cabine de um caminhão, próximo à barragem de dejetos da Samarco que se rompeu
Por Redação, com DW – de Brasília:
Quatro meses depois da tragédia em Mariana, os bombeiros encontraram na quarta-feira o corpo de uma vítima do rompimento da barragem de dejetos da mineradora Samarco, joint venturedas mineradoras brasileira Vale e anglo-australiana BHP.
![Quatro meses depois de desastre, corpo é localizado dentro da cabine de um caminhão, próximo à barragem](http://correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2016/03/mariana.jpg)
Esse foi o corpo da 18ª vítima da tragédia. Ele não foi identificado. Ainda estavam desaparecidos Edmirson José Pessoa, 48 anos, funcionário da Samarco, e de Ailton Martins dos Santos, 55 anos, da Integral Engenharia.
O corpo foi localizado dentro da cabine de um caminhão, 800 metros abaixo da área de rompimento, e só será removido após perícia da Polícia Civil.
Além das mortes, a tragédia causou o pior desastre ambiental da história do Brasil. No dia 5 de novembro, 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração foram despejados no Rio Doce e devastaram o distrito de Bento Rodrigues, 18 pessoas morreram no desastre e uma continua desaparecida.
A lama foi levada pelo rio até o oceano, destruindo e prejudicando o abastecimento de água pelos municípios onde passava. Quase quatro meses depois da tragédia, os rejeitos continuam causando impactos ambientais graves no rio Doce e no Atlântico.
Na semana passada, a Samarco, os governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo assinaram um acordo que estabelece o pagamento inicial de R$ 4,4 bilhões até 2018. Esse valor será usado na recuperação da Bacia do Rio Doce e para compensar prejuízos sociais, ambientais e econômicos da tragédia. Caso a Samarco não honre o acordo, o montante deverá ser pago pela Vale e BHP.