Mandatário retoma expediente após 19 dias de abandono da Presidência

Arquivado em: Política, Últimas Notícias
Publicado quarta-feira, 23 de novembro de 2022 as 15:41, por: CdB

Aliados dizem que Bolsonaro teria ferido a perna durante a campanha, mas não cuidou direito à época. O ferimento, então, teria infeccionado, o que fez com que ele tivesse de tomar antibióticos e sentido febre e indisposição. A condição de saúde não justifica, porém, o silêncio do mandatário nas redes sociais.

Por Redação – de Brasília

Presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL) voltou ao Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira, pela a primeira vez, em 19 dias. A última vez que Bolsonaro havia comparecido ao Palácio do Planalto foi em 3 de outubro, quando cumprimentou o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), em compromisso não divulgado, oficialmente.

Aras e Bolsonaro
Aras protegeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), em fim de mandato, de uma lista de denúncias sobre possíveis crimes cometidos durante a gestão

Registros oficiais da Presidência, no entanto, têm o dia 31 de outubro, logo após ser derrotado nas urnas, como a última data em que o atual presidente despachou em seu gabinete. A ida ao Planalto encerra a reclusão de quase quatro semanas de Bolsonaro, desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito para ser 39º presidente da República. Com a vitória do petista, Bolsonaro se tornou o primeiro presidente a tentar a reeleição e fracassar.

A agenda oficial desta quarta-feira, contudo, previa apenas um compromisso com o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN). Inicialmente, a agenda ocorreria às 11h30, no Palácio da Alvorada. Os compromissos de Bolsonaro não haviam sido atualizados até a publicação desta reportagem.

Estado de saúde

Segundo o colunista do jornal brasiliense Metrópoles Igor Gadelha, Bolsonaro está com um ferimento na perna que estaria dificultando até mesmo ele vestir calças compridas, o que justifica seu isolamento na residência oficial.

Aliados dizem que Bolsonaro teria ferido a perna durante a campanha, mas não cuidou direito à época. O ferimento, então, teria infeccionado, o que fez com que ele tivesse de tomar antibióticos e sentido febre e indisposição.

O estado de saúde do mandatário neofascista fez com que ele escalasse o seu vice, general Hamilton Mourão (Republicanos), para receber as cartas credenciais de embaixadores estrangeiros na última quarta-feira. A agenda geralmente conta com a presença do presidente.

Ação pública

Parlamentares do PSOL em São Paulo, encaminharam à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime contra Jair Bolsonaro (PL) por abandono de cargo público. Analistas jurídicos ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, todavia, não acreditam que a ação vá prosperar, uma vez que a PGR não abriu um processo sequer contra o presidente, ao longo dos últimos quatro anos.

Os autores da queixa registram para a posteridade, entretanto, que Bolsonaro “tem apresentado exagerada ausência do cargo e de suas funções” desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial.

Os integrantes do PSOL pediram, ainda, a abertura de um inquérito civil sobre um possível ato de improbidade administrativa de Bolsonaro. Se não for constatado abandono do cargo, Bolsonaro comete improbidade ao não tornar públicos seus compromissos oficiais, argumentam os parlamentares.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *