Maluf recebe diploma e rebate denúncia do Ministério Público

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Publicado terça-feira, 19 de dezembro de 2006 as 19:54, por: CdB

O ex-prefeito de São Paulo e deputado federal eleito Paulo Maluf (PP-SP) contestou a fundamentação da denúncia apresentada nesta segunda-feira contra ele pelo Ministério Público Federal, por crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Através de nota oficial, acusou o MPF de usar argumentos requentados e se pronunciar propositadamente na véspera de sua diplomação.

Pela manhã, Maluf foi diplomado por ter vencido a eleição na Assembléia Legislativa de São Paulo. Foi vaiado, a exemplo do que aconteceu com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) e o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (PT-SP), também eleitos para deputado federal.

Ao ser indagado sobre a denúncia quando deixava a Assembléia, Maluf evitou comentários, dizendo que uma nota oficial responderia por ele.

– A nota vai rebater todas essas falsas acusações -, afirmou.

Mas não economizou palavras ao comentar seu desempenho nas urnas.

– Se tive 740 mil votos, a maior votação do Brasil, fui votado em todas as 70 mil urnas e sou o único deputado votado nas 645 cidades (de São Paulo), é porque a população agradece tudo o que eu fiz e vou continuar fazendo -, disse.

O comunicado, assinado por sua assessoria de imprensa, informa que Maluf pediu aos advogados que “estudem medidas cabíveis a serem propostas para processar o procurador da República Rodrigo de Grandis”.

A nota apresenta, entre outros, o seguinte questionamento: “por que o procurador da República Rodrigo de Grandis só ontem, véspera da diplomação de Paulo Maluf como deputado federal eleito, apresentou denúncia contra o ex-prefeito de São Paulo com argumentos requentados, em um caso que segundo a lei e a Constituição, e ele deveria saber disso, não está mais sob sua jurisdição?”

Maluf também questionou o fato de o procurador não ter incluído o doleiro Vivaldo Alves, vulgo Birigüi, “reconhecidamente criminoso, dono ele sim de contas no exterior, autor de extorsão premiada em que acusou Maluf, no Ministério Público, com mentiras que nunca, nem ele e nem ninguém, conseguiram provar?”