Recebido por Costa e Belchior, no Palácio do Planalto, Miliband reuniu-se também com o secretário extraordinário da COP30, Valter Correia da Silva.
Por Redação – de Brasília
Na reunião desta quinta-feira com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a secretaria-executiva da pasta, Miriam Belchior, para repassar a agenda do governo após desembarcar da viagem à sede das Nações Unidas, em Nova York (NY-EUA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou, entre outros assuntos, a visita do ministro de Segurança Energética e Descarbonização do Reino Unido, Ed Miliband, e a embaixadora Stephanie Al-Qaq, ocorrida na terça-feira, quando ele estava fora do país.
Recebido por Costa e Belchior, no Palácio do Planalto, Miliband reuniu-se também com o secretário extraordinário da COP30, Valter Correia da Silva. Segundo o informe, o objetivo do encontro foi o de estreitar o diálogo com o Reino Unido como parte da estratégia brasileira de trocar experiências com países-sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), maior produção da ONU sobre o clima.
Amazônia
Miriam Belchior abriu o diálogo afirmando que a COP30, a ser realizada em Belém, na Amazônia, promoverá uma negociação histórica e é uma agenda prioritária para o Brasil.
— Vamos realizar a COP30 na Amazônia, esta COP será especial. O presidente Lula está determinado e com grande expectativa de que a gente consiga conduzir as negociações para um bom resultado na preservação do planeta — afirmou Belchior, ao assinalar a condução dos trabalhos, sob coordenação do ministro Rui Costa, pelo secretário Valter.
O ministro Ed Miliband assinalou total disposição do Reino Unido em contribuir com o Brasil compartilhando a expertise adquirida durante a realização da COP 26 em Glasgow e ainda com a posição política.
Na véspera, ainda em NY, o presidente Lula compartilhou com a imprensa suas impressões sobre uma série de compromissos internacionais realizados nos Estados Unidos, incluindo a 79ª Sessão da Assembleia Geral da ONU e reuniões bilaterais com líderes mundiais.
Acordos
Em uma entrevista coletiva, o presidente apresentou um balanço de sua visita oficial, e destacou o otimismo em relação ao acordo entre União Europeia e Mercosul; além de apontar a liderança do Brasil na transição energética.
— Nunca estive tão otimista com o acordo União Europeia-Mercosul. (Na véspera), eu disse à Ursula von der Leyen que o Brasil está pronto para assinar o acordo, que agora a responsabilidade é toda da União Europeia e não do Brasil — declarou Lula.
Segundo o presidente, o impasse que durou duas décadas agora depende exclusivamente da ação europeia. O presidente sugeriu, ainda, que a assinatura do acordo ocorra durante a Cúpula do G20, que será realizada em novembro no Rio de Janeiro, ou em uma reunião na sede da União Europeia.
— Temos muitos outros acordos para fazer — resumiu o presidente, após mencionar também a necessidade de ampliar as relações comerciais com países como a Índia e fortalecer a cooperação com a China e os vizinhos latino-americanos.
