O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro de Portugal, José Manuel Durão Barroso abriram na manhã desta segunda-feira a sétima Cimeira Bilateral Brasil-Portugal, no Palácio Itamaraty, onde depois almoçaram em companhia dos ministros das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, e de Portugal, Maria Teresa Pinto Basto Gouveia, que devem assinar um acordo para intercâmbio na área de ensino diplomático.
Os dois países mantêm profundas ligações históricas e culturais desde a época da colonização. As relações comerciais luso-brasileiras também são cada vez maiores. Há 20 anos, o intercâmbio representava US$ 171,5 milhões anuais. Hoje, essas trocas anuais passam de US$ 771,5 milhões. A progressão é nítida ano a ano: entre janeiro de 2003 e janeiro de 2004 houve uma variação positiva de 72%, com superávit para o Brasil: de US$ 53 milhões exportados em janeiro de 2003, passamos a vender para aquele país cerca de US$ 91 milhões.
O aumento de vendas elevou Portugal do 19º para o 15º lugar na lista de países que mais importam produtos brasileiros. O produto campeão de exportações é o óleo bruto de petróleo (US$ 43 milhões), seguido de açúcar (US$ 6 milhões), laminados de ferro e aço (US$ 4,6 milhões), além de milho, madeira, carne bovina, calçados, gelatina, papéis, peças para aviões, frutas tropicais e algodão.
Em janeiro, o Brasil comprou US$ 16 milhões de Portugal, quase US$ 5 milhões a mais do que há um ano. Mesmo assim, o país não está entre os 30 que mais vendem para o Brasil. Os contêiners portugueses descarregam no País minérios de cobre (US$ 3,4 milhões), óleo lubrificante (US$1,7 milhões), azeite de oliva (1,9 milhão), vinhos (US$ 854 mil), camisas masculinas (US$ 279 mil) e bacalhau (US$ 174 mil).