Lula descarta pessimismo

Diante de uma platéia formada por empresários e ministros, durante a cerimônia de posse da nova diretoria do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), o presidente Luiz Inácio da Silva afirmou que no Brasil não há lugar para o pessimisno e que novos investimentos tendem a aumentar neste ano, principalmente nas áreas de infra-estrutura, siderurgia e mineração. Ao discursar por quase 30 minutos, Lula lembrou que o Brasil já tomou a ofensiva e que a proposta atual é buscar sempre novos parceiros comerciais. “Deixamos de ser um agente passivo na economia mundial para sermos um agente muito ativo”, destacou.

Para ganhar novos espaços, segundo o presidente, a estratégia é não ficar dependente das duas grandes economias globais: de um lado a União Européia e de outro os Estados Unidos. Lula deixou claro, no entanto, que não quer comprar briga com qualquer dessas potências.

“Nós nunca tivemos a intenção de brigar com os Estados Unidos, porque seria como rasgar uma nota de US$ 100, já que eles são individualmente nosso melhor parceiro comercial. Jamais seríamos loucos, também, de brigar com a União Européia, sem lembrar a importãncia dela em investimentos no Brasil”, esclareceu Lula. Ele explicou que a tentativa brasileira de buscar novos parcerios comercais foi apenas para mostrar àquelas potências que “o Brasil não era tão dependente como imaginavam ser”.

Na avaliação do presidente, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, tem contribuído para fortalecer a economia brasileira no cenário mundial. Lula lembrou a visita do primeiro-ministro japonês ao Brasil, no ano passado, quando a delegação japonesa decidiu importar manga, depois de 27 anos de tentativas do governo brasileiro. “O Furlan foi com tudo. A primeira coisa que ele fez foi entrar chutando a canela, dizendo logo por que não compravam a nossa manga. Uma conclusão: meia hora depois, o primeiro-ministro japonês anunciou que saiu a primeira carga de manga para Japão”, contou.

Lula cobrou maior engajamento por parte dos empresários na busca de novas parcerias comerciais e disse que seu governo está aberto a negociações. “Já tivemos muitos presidentes ligados aos empresários, mas eu duvido que em algum momento os empresáiros tenham conseguido a abertura de negociação que têm agora. Não há espaço para reclamarem que eu não convoco uma reunão para a gente debater e tirar diferença. Se tiver alguma coisa para discitur, traga. O Furlan é sensível”, ressaltou Lula.