A Coca-Cola anunciou, nesta terça-feira, queda de 11,5% no seu lucro do primeiro trimestre, para US$ 1 bilhão, comparado com igual período de 2004. O resultado foi atingido por vendas baixas na América do Norte, despesas maiores e expressivo aumento em impostos pagos devido à repatriação de lucros internacionais. A maior fabricante de refrigerantes do mundo, entretanto, informou que ganhou mercado no segmento de água engarrafada e em isotônicos, mantendo terreno na categoria de refrigerantes no primeiro trimestre.
A receita da empresa no período subiu de US$ 5,08 bilhões para US$ 5,27 bilhões. Analistas, em média, previam que o faturamento da companhia no primeiro trimestre seria de US$ 5,15 bilhões. Retomar as vendas das marcas principais, como a Coca-Cola clássica, tem sido uma prioridade desde que a empresa embarcou em um programa de restruturação de suas operações em mais de 200 mercados mundiais há cerca de cinco anos.
O presidente-executivo da companhia, Neville Isdell, informou que os resultados do primeiro trimestre refletem a determinação da companhia em investir dinheiro na melhoria do marketing, inovação de produtos e estrutura organizacional.
“Ainda temos muito trabalho diante de nós, mas eu estou muito confiante de que iremos fazer as coisas certas, teremos bom progresso e que nossa ênfase na execução (do plano) vai nos trazer benefícios no longo prazo”, disse Isdell em comunicado. Um dos pontos de atuação da companhia nos próximos meses será no segmento de bebidas dietéticas e de baixa caloria como água e sucos de laranja com quantidades de açúcar reduzidas.
Esse segmento teve aumento de 3% nas vendas do grupo no primeiro trimestre, impulsionado por expansões de dois dígitos no Brasil, China e outros mercados emergentes. Nos Estados Unidos, o volume ficou estável.
