Longe da eternidade

Não dá para explicar o fiasco de Pelé eterno nas bilheterias. Lançado em 150 salas, a fita de Aníbal Massaini fez 134 mil espectadores em duas semanas. Para se ter uma comparação numérica, Deus é brasileiro, de Cacá Diegues, lançado também com 150 cópias, fez 200 mil espectadores em seu primeiro final de semana. Pelé é um atrativo tão forte quanto Deus, nomes que, só por estar no título, levam milhares às salas.
 
Com esse fiasco monumental, a expectativa de se fazer algum trocado vai ser transferida para o lançamento em DVD (anotem aí, vai ser duplo com quilos de extras, lances inéditos, processos de restauração). Mas, curiosamente, a fita não agradou.
 
– Parece um programa de TV, as imagens são feias, mal tratadas – comenta uma produtora que prefere não ser identificada.
 
– É um documentário sobre a vida dele e dos mil e tantos gols que ele fez. Isso só atinge um publico especifico, que é o publico masculino e fanático por futebol. Até respeito a intenção mas sinceramente não tenho a menor curiosidade de assistir – comenta Clarissa Crespo, que trabalha na área do audiovisual.
 
– O filme é bom, mas achei um pouco cansativo, repetitivo, muito depoimento que não tinha nada haver. Muita coisa que eu separei não entrou – analisa Vanderci Chagas, cinegrafista e pesquisador do filme.
 
E que venha então o DVD.