Equipes de resgate localizaram, neste sábado, os destroços de um avião da companhia estatal peruana TANS, que havia desaparecido na manhã de quinta-feira com 46 pessoas a bordo. Não há sinal de sobreviventes.
“O avião está, visivelmente, destruído”, disse o coronel Juan Rodriguez, da Força Aérea peruana.
Helicópteros que participavam das operações de busca avistaram os destroços em uma montanha de quase quatro mil metros de altura, a cerca de 15 quilômetros da cidade de Chachapoyas, na Amazônia peruana.
“É impossível que tenha alguém com vida”, sustentou o chefe do Corpo de Bombeiros regional, David Reina. “O impacto deve ter sido terrivelmente forte”.
A aeronave, um Fokker F28, decolou de Lima, fez escala na cidade de Chiclayo, ao norte da capital, e estava a cinco minutos do pouso em Chachapoyas quando o piloto perdeu contato com a torre de controle do aeroporto.
O avião transportava quatro tripulantes e 42 passageiros, entre os quais oito crianças, um turista belga e uma portuguesa.
As buscas foram iniciadas logo após o acidente, mas acabaram suspensas por 36 horas devido às chuvas pesadas na região.
A rota para Chachapoyas, que é operada apenas pela TANS, foi inaugurada em novembro passado com dois vôos semanais, a fim de facilitar a visita de turistas às ruínas arqueológicas de Kuelap, que datam dos séculos VII e VIII.
O Fokker acidentado, pertencente à Força Aérea do Peru, data do começo da década de 1970.
Segundo o serviço de meteorologia, não chovia no momento da tragédia, mas as montanhas ao redor de Chachapoyas estavam encobertas por nuvens.
A TANS começou a operar em 1998 e mantém, atualmente, 11 rotas domésticas, com sete vôos diários feitos por três aviões.
O pior acidente aéreo na história do Peru aconteceu em 1996, quando um Boeing 737 da já extinta companhia Faucett caiu nos Andes, causando a morte de 117 passageiros e seis tripulantes.