Lobão defende Graça Foster e diz que está isento de culpa

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado terça-feira, 23 de dezembro de 2014 as 12:37, por: CdB

A presidenta da Petrobras, Graça Foster, põe o cargo à disposição da presidenta Dilma Rousseff
Graça Foster foi chamada por Lobão de administradora séria e rigorosa

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta terça-feira que a presidenta da Petrobras, Graça Foster, tem feito de tudo para colocar a empresa nos trilhos.
– Ela é uma administradora rigorosa e séria, e no que depender dela, tudo se corrigirá rapidamente e bem – disse.
Segundo ele, o governo não conhecia os fatos que motivaram as denúncias de corrupção contra a estatal e lembrou que a Petrobras é constantemente fiscalizada, tanto pela corregedoria interna, por auditorias externas e pelo Tribunal de Contas da União.
Sobre o fato de ter seu nome apontado na lista de envolvidos em esquemas de corrupção na Petrobras, Lobão disse que não sabe do conteúdo das alegações.
– Só posso ter uma palavra quando souber o que se alega. Não devo nada, estou isento de qualquer culpa, venha ela de onde vier”. Para o ministro, a crise na Petrobras, motivada pelas denúncias de corrupção, é um momento circunstancial. “O que está acontecendo é uma crise circunstancial, não tem origem sólida e não vai se perpetuar no tempo – avaliou.
Em café da manhã com jornalistas, Lobão se despediu do Ministério, e disse que irá voltar a ocupar seu mandato no Senado a partir do dia 1º de janeiro. Ele não quis adiantar quem será seu substituto, mas afirmou que a presidenta Dilma Rousseff deverá indicar o nome ainda hoje. Segundo Lobão, o novo ministro irá encontrar “a casa ajustada e em ordem”.
– Temos planejamento e não caberá surpresas desagradáveis aqui no Ministério – declarou Lobão.
Lobão voltou a afirmar que não haverá racionamento de energia nos próximos anos e disse que os pedidos de revisão extraordinária que deverão ser feitos pelas distribuidoras de energia elétrica são justos, mas que o governo irá examinar se concede ou não. Ele admitiu que a tendência é que o custo maior da energia vá para o consumidor, em vez de ser bancada pelo Tesouro, mas ressaltou que é melhor pagar mais caro do que não ter energia.
– O que não se pode é não ter energia elétrica. O custo mais alto é lamentável, mas não ter é infinitamente pior – avaliou Lobão.