O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), e líderes partidários estão reunidos na residência da Presidência da Câmara para discutir a reforma política. Durante a reunião, os parlamentares vão tentar fechar um acordo para acelerar a tramitação dos projetos sobre o assunto que já se encontram em análise no Congresso Nacional.
De acordo com o presidente da comissão especial que trata do assunto, deputado Alexandre Cardoso (PSB-RJ), o sentimento que se tem é de que a reforma política é uma resposta à crise:
– Em toda crise política se tem uma proposta de reforma. Temos que aceitar isso como sentimento.
Entre os pontos importantes da reforma, ele citou o financiamento público de campanhas, o fortalecimento partidário, a formação de uma lista de partidos e a transparência do gasto das eleições.
Os líderes esperaram o depoimento do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) no Conselho de Ética, feito na terça-feira, para que decidissem os rumos da reforma. O deputado confirmou as denúnicas do mensalão, mas disse não ter provas e sim ser uma testemunha dos acontecimentos.
Na terça, o presidente Lula concluiu com ministros próximos que não teria mais outra opção a não ser uma reforma ministerial para mudar a imagem do governo, que enfrenta a maior crise política desses dois anos e meio de mandato. A mudança no primeiro escalão pode ocorrer logo e deve incluir o chefe da Casa Civil, José Dirceu. O presidente teria dito ainda que a permanência de Delúbio e Silvio Pereira no partido tornou-se insustentável.