Em 2022, o partido, assim como outras forças de centro, ficou espremido entre o petismo e o bolsonarismo. Pela primeira vez desde a redemocratização, não teve candidatura presidencial própria. Também perdeu seu principal reduto político, o governo de São Paulo.
12h32 – de Brasília
Novo presidente nacional do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, reconhece o momento difícil que o partido atravessa, mas defende que a crise da legenda seja usada como oportunidade para a revisão de suas bandeiras.
— O momento não é fácil, mas talvez nunca tenha sido tão importante fortalecermos e termos o PSDB no cenário político nacional — afirmou aos jornalistas, nesta quinta-feira.
Em 2022, o partido, assim como outras forças de centro, ficou espremido entre o petismo e o bolsonarismo. Pela primeira vez desde a redemocratização, não teve candidatura presidencial própria. Também perdeu seu principal reduto político, o governo de São Paulo, e viu a bancada na Câmara minguar para apenas 13 deputados.
Polarização
Leite, político da nova geração, foi guindado ao comando da legenda para tentar revitalizar sua imagem, programa e apelo eleitoral. Ele diz que a ideia é o partido se apresentar como oposição ao governo Lula (PT), mas sem o caráter “destrutivo” do bolsonarismo.
— É uma oposição de forma responsável. Não é a que inviabiliza, é a que se posiciona sobre os temas e apresenta alternativas — acrescentou, ao adiantar que não descarta se apresentar como candidato a presidente em 2026.
Segundo Leite, “a eleição passada foi da polarização intensa entre o bolsonarismo e o lulopetismo, e o que o país vivenciou foi as pessoas indo às urnas contra um ou outro, contra a volta do Lula ou contra a permanência do Bolsonaro”.
— A eleição tem que ser para as pessoas levarem sonhos, expectativas. O PSDB precisa usar o momento de crise como oportunidade — conclui.