Líder do PL deixa ex-presidente no vácuo ao atestar validade das urnas

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Publicado sexta-feira, 15 de março de 2024 as 19:28, por: CdB

“Respondeu que não concorda com a fala do presidente Bolsonaro, pois já participou de várias eleições e nunca presenciou nada que desabonasse o sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, orientou a bancada do partido a votar contra a implementação do voto impresso” disse Costa Neto, ao escrivão da PF.

Por Redação – de Brasília

Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, rejeitou a hipótese levantada pelo então presidente Jair Bolsonaro sobre fraude nas urnas eletrônicas, nas eleições de 2022. O depoimento de Costa Neto à Polícia Federal (PF) ocorreu em fevereiro deste ano, mas veio a público apenas nesta sexta-feira.

Valdemar Costa Neto
Presidente do PL, Valdemar da Costa Neto indicou Bolsonaro como líder do golpe fracassado

“Respondeu que não concorda com a fala do presidente Bolsonaro, pois já participou de várias eleições e nunca presenciou nada que desabonasse o sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, orientou a bancada do partido a votar contra a implementação do voto impresso” disse Costa Neto, ao escrivão da PF.

Bolsonaro fica ainda mais isolado, nos inquéritos a que responde no âmbito das investigações sobre a tentativa falida de um golpe de Estado, em 8 de Janeiro. Questionado se o PL contratou empresa especializada na aferição eleitoral, Costa Neto respondeu que foi solicitada “uma verificação extraordinária”, mas apenas para os cargos de presidente da República e governador.

 

Narrativa

Ainda sobre o relatório fruto da “verificação extraordinária”, Valdemar diz que a contratação foi ideia de deputados do PL e do próprio Bolsonaro. Segundo ele, o partido pagou cerca de R$ 1 milhão, em dinheiro público, pelo serviço.

Indagado se cumpriu orientação de Bolsonaro para questionar a segurança das urnas eletrônicas e validar a narrativa de possíveis fraudes nas eleições de 2022, o presidente do PL negou que o então presidente questionava as urnas eletrônicas, mas queria que fossem fiscalizadas.

“Para isso, contrataram os serviços da empresa IVL – Instituto Voto Legal”, concluiu Costa Neto.

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