Lava Jato: executivos investigados na operação deixam a prisão em Curitiba

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Publicado quarta-feira, 29 de abril de 2015 as 15:31, por: CdB
Os executivos estavam presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e no Complexo Médico-Penal do Paraná
Os executivos estavam presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e no Complexo Médico-Penal do Paraná

Depois de cinco meses presos, nove executivos de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato deixaram nesta quarta-feira a prisão em Curitiba. Eles foram beneficiados pela decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF),  que concedeu liberdade aos investigados.

Por maioria de votos, os ministros entenderam que a prisão preventiva não pode ser aplicada como sentença antecipada, mesmo diante da gravidade dos crimes praticados.

Com a decisão do Supremo, foram soltos os executivos da OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli, Agenor Franklin, Mateus Coutinho e José Aldemário Filho, além de Sérgio Mendes (Mendes Júnior), Gerson Almada (Engevix), Erton Medeiros (Galvão Engenharia), João Ricardo Auler (Camargo Corrêa) e Ricardo Pessoa (UTC).

Os executivos estavam presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e no Complexo Médico-Penal do Paraná, em Pinhais (PR), região metropolitana da capital paranaense.

Antes da liberação, os investigados foram levados para audiência com o juiz Sérgio Moro, onde assinaram termo de compromisso para cumprir as medidas cautelares determinadas pelo Supremo e colocarem as tornozeleiras eletrônicas.

Em troca da liberdade, os investigados cumprirão prisão domiciliar, serão monitorados por tornozeleira eletrônica, não poderão ter contato com outros investigados e deverão comparecer à Justiça a cada 15 dias. Todos estão proibidos de deixar o país e deverão entregar o passaporte.

Os executivos foram presos em novembro do ano passado, por determinação de  Sérgio Moro, com base em acusações colhidas em depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa .

Segundo eles, os executivos pagavam propina a ex-diretores da estatal, em troca de contratos para construção de obras. Pelas acusações, os investigados são réus em ações penais que tramitam na Justiça Federal em Curitiba.