A partir deste sábado, a Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla), da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, começa a testar na Lagoa da Tijuca, na Barra, Zona Oeste do Rio, um aparelho capaz de aumentar os níveis de oxigenação da água dela e dos canais e rios que fazem parte da bacia de Jacarepaguá, degradada pelos constantes despejos de lixo e de esgoto sem tratamento.
O aerador é parecido com os aparelhos colocados em aquários domésticos para limpar a água, apenas tem, obviamente, dimensões bem maiores. A máquina pesa cinco toneladas e mede quatro metros de altura por 3,6 metros de largura.
A tecnologia é de uma empresa americana, a MRTI, e será testada na Lagoa da Tijuca durante um mês. Se os resultados forem satisfatórios, algumas dessas máquinas poderão ser adquiridas pelo governo do Estado para ser usadas em lagoas como Rodrigo de Freitas, Piratininga ou Araruama.
O instrumento tem capacidade para inserir na água, em sucessivos bombeamentos, uma massa equivalente a 3,4 quilos de oxigênio por minuto ou 204 quilos por hora. O ar é sugado da superfície e bombeado para o interior da máquina. Difusores na sua base jogam as microbolhas na água, que incorpora o oxigênio dissolvido.
A máquina que ficará no Saco Grande, entre a península da Barra e o BarraShopping, foi levada ontem para a lagoa, mas só começará a operar amanhã. Por ser um recôncavo, com uma estreita entrada de água, a hidrodinâmica da área é muito ruim, o que afeta a sua oxigenção.
Antes de instalara máquina, a Serla coletou amostra da água em 14 pontos. Os dados serão comparados com novas amostras que serão coletadas depois do uso do aerador.