Laboratório vai produzir 20 milhões de cápsulas contra tuberculose

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Publicado segunda-feira, 11 de julho de 2005 as 11:37, por: CdB

O Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) vai produzir até o final deste ano 20 milhões de cápsulas gelatinosas de três tipos de medicamentos para tratamento da tuberculose. Os remédios serão destinados ao programa de pneumologia do Ministério da Saúde.

Segundo o diretor técnico do laboratório estatal, Leduart Guedes, a fabricação dos fármacos foi suspensa no ano passado, para adequação da área da fábrica às exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ele disse que o projeto para construção de uma nova unidade de tuberculostáticos do Lafepe está em fase de análise pelo Ministério da Saúde.

Guedes destacou que a doença, que afeta principalmente o pulmão causando febre e tosse entre outros sintomas, é curável com os medicamentos fornecidos gratuitamente nos postos de saúde.
– O problema é que, com um terço do tratamento, o paciente se sente bem e deixa de tomar a medicação, prescrita para ser administrada por um período de seis meses. Quando a doença volta, o bacilo fica resistente – explicou.

Dados do Ministério da Saúde indicam que o número de infectados no Brasil pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose, chega a 50 milhões de pessoas, com uma média de 5,5 mil mortes registradas por ano. Entre os estados que apresentam maior incidência de casos novos estão São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.

Vacina contra rotavírus já pode ser comercializada

A vacina contra o rotavírus, doença que causa desidratação devido às crises de diarréia e vômito, recebeu, nesta segunda-feira, licença para ser comercializada no país. Para se fazer a vacina, foram necessários dez anos de estudo e R% 500 milhões de investimento.

A doença, que leva à desidratação conseqüente das crises de diarréia e vômito, mata mais de 600 mil crianças anualmente. Dados sobre surtos de diarréia notificados à Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, do Centro de Vigilância Epidemiológica, de São Paulo, mostram que os surtos por Rotavírus já representam cerca de 20% do total de surtos de diarréia notificados, ocorrendo principalmente em creches ou em hospitais. Os rotavírus são transmitidos por via oral através de contato com a mão, alimentos ou água contaminados.

O custo de internação para esta doença costuma ser muito alto em países em desenvolvimento, cerca de R$ 1 bilhão ao ano. A vacinação, portanto, terá grande impacto econômico, além de ser uma grande conquista para a saúde pública no Brasil.