A gigante farmacêutica americana Merck deveria ter retirado do mercado o antiinflamatório “Vioxx” quatro anos atrás, por causa de dados mostrando o aumento do risco de ataques cardíacos com o uso do medicamento desde 2000, disseram cientista suíços na quinta-feira.
Em um relatório para o jornal médico britânico “Lancet”, pesquisadores da Universidade de Berna disseram que houve prova substancial dos perigosos efeitos colaterais do medicamento no fim de 2000, mas que o volume de informações não foi analisado da forma apropriada.
-Nossas descobertas indicam que o rofecoxib (“Vioxx”) deveria ter sido retirado do mercado há vários anos- disseram os cientistas em nota.
A Merck, que não retirou o “Vioxx” do mercado até cinco semanas atrás, não se pronunciou. O remédio era tomado por cerca de 20 milhões de americanos.
– A companhia poderia e deveria ter tido o posicionamento há vários anos, quando os dados que analisamos estavam disponíveis- afirmou Matthias Egger, professor do Departamento de Medicina Social e Preventiva da Universidade de Berna, responsável pelo estudo.
Laboratório deveria ter retirado medicamento do mercado em 2000
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Publicado sexta-feira, 5 de novembro de 2004 as 00:57, por: CdB