Kofi Annan lamenta a perda de João Paulo II

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Publicado sábado, 2 de abril de 2005 as 18:22, por: CdB

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lamentou neste sábado a morte de João Paulo II, afirmando que além de ser o guia espiritual católico, o Papa era um “inesgotável advogado da paz e pioneiro do diálogo entre religiões”.

Em declaração escrita divulgada pouco após a divulgação da notícia do falecimento, Annan se mostrou “profundamente entristecido” pela morte do Santo Padre, com o qual teve “o privilégio” de se reunir várias vezes nos últimos anos.

– Sempre me impressionou seu compromisso para que as Nações Unidas se transformassem – como disse em seu discurso na Assembléia Geral em 1995 – em uma força moral na qual todas as nações do mundo se sentissem em casa e desenvolvessem uma consciência comum da existência, ou seja, uma família de nações – disse.

Annan expressou seus pêsames aos católicos e a todos aqueles no mundo sensíveis à vida de oração e dedicada à não violência e à paz que o Papa levou.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, afirmou que o Pontífice deixa um legado de compaixão e amor, numa lição de humildade para todos, e que João Paulo II representava “uma luz de esperança em um mundo freqüentemente obscuro e tumultuoso”.

– Em suas inesgotáveis viagens, ele rompeu muralhas, inclusive a (…) que isolava e reprimia sua Polônia natal, e expandiu sua mensagem de paz e dignidade humana – a todas as expressões de fé, acrescentou o prefeito, que governa uma cidade com 2,4 milhões de católicos, que tiveram “a honra” de receber João Paulo II duas vezes durante seu Pontificado.

Seu amor incondicional a toda a humanidade uniu nações, raças e religiões, acrescentou Bloomberg, que disse que os católicos perdem com a morte do Papa um líder espiritual que inspirava todos, e o mundo, um “amigo amado e dedicado”.