Kirchner reafirma a moratória argentina

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Publicado quarta-feira, 10 de setembro de 2003 as 16:53, por: CdB

Presidente argentino, Nestór Kirchner reafirmou que não irá liberar parte das reservas do Banco Central para pagar o serviço da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A prestação que venceu nesta terça-feira, de US$ 3 bilhões, ainda está em aberto, sem previsão de pagamento. O ato, chamado de default no mercado financeiro, equivale à moratória unilateral do país junto aos bancos internacionais com os quais o Fundo mantém convênios.

Kirchner recusa-se a fazer outros comentários sobre a dura negociação que o país mantém com o FMI embora, nas últimas horas, tenham aparecido sinais favoráveis ao entendimento. Segundo especialistas do setor, essa é a maior dívida não paga desde que o FMI foi criado, após o fim da Segunda Guerra Mundial.

O presidente da Argentina disse que pretende “avançar para fazer um acordo com dignidade”. As declarações foram dados em um ato na localidade bonaerense de Dock Sud.

Em outra entrevista, concedida durante o lançamento de um programa de construção de moradias, Kirchner disse que está acompanhando as negociações de perto e são elas que vão estabelecer as possibilidades e projeções da Argentina.

Representantes ligados ao governo argentino divulgaram, nesta quarta-feira, que o fechamento de um acordo com o FMI está muito próximo e pode ser concluído nos próximos dias.