A empresária Vilma Martins, acusada de sequestrar o garoto Pedrinho de uma maternidade de Brasília há 17 anos, teve seu pedido de habeas-corpus negado pela Justiça de Goiás.
O desembargador Paulo Telles, da 1º Câmara Criminal, negou o pedido porque a advogada de Vilma afirmou, por telfone, que a acusada se apresentaria nesta terça-feira. Vilma não apareceu.
Vilma teve sua prisão preventiva decretada no dia 28 de abril, depois que o juiz Adegmar José Ferreiro, da 10º Vara Criminal de Goiânia, acatou denúncia do Ministério Público do DF, que apontava a empresária como responsável por levar, em janeiro de 1986, o menino Pedro Rosalino Braule Pinto da maternidade.
Registrado em Goiânia como Osvaldo Borges Martins Jr., o garoto foi criado como filho natural de Vilma e seu marido, Osvaldo Martins Borges, que morreu no final do ano passado. A empresária afirmou que o casal conseguiu a criança com uma gari brasiliense, mas escondeu o fato para evitar a burocracia de uma adoção.
Além de Pedro, Vilma é também apontada como responsável pelo sequestro de sua outra filha, Roberta Jamilly Martins Borges, de 23 anos.
Um exame de DNA feito pela polícia em fevereiro, sem o consentimento da jovem, comprovou que ela era Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, filha de Francisca Maria Ribeiro da Silva, 63, que teve a filha sequestrada de uma maternidade em 1979.