Justiça mantém condenação para Luciano Hang pagar por crime eleitoral

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Publicado terça-feira, 4 de junho de 2024 as 19:30, por: CdB

De acordo com o relato do trabalhador, a empresa obrigava funcionários a usar uma camiseta com as cores e o slogan de campanha de Jair Bolsonaro (PL), então candidato à Presidência da República. Durante o período da campanha eleitoral, uma das gerentes das lojas transmitiu trechos de vídeos em que Hang ameaçava de demissão os funcionários que não votassem em seu candidato.

Por Redação – de Brasília

A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou, nesta terça-feira, o recurso protocolado pelas Lojas Havan, comandada pelo empresário bolsonarista Luciano Hang, contra o pagamento de indenização a um funcionário por assédio eleitoral.

Havan
Hang, conhecido nas redes sociais como ‘Véio da Havan’, está condenado por burlar a legislação eleitoral

De acordo com o relato do trabalhador, a empresa obrigava funcionários a usar uma camiseta com as cores e o slogan de campanha de Jair Bolsonaro (PL), então candidato à Presidência da República. Durante o período da campanha eleitoral, uma das gerentes das lojas transmitiu trechos de vídeos em que Hang ameaçava de demissão os funcionários que não votassem em seu candidato.

A empresa foi condenada em primeira instância a indenizar o trabalhador. Segundo o juiz responsável pelo processo, ainda que não seja possível desprender ameaças de demissão, as atitudes de Hang serviram para constranger os trabalhadores da Havan.

 

Processo

A conclusão foi de que houve abuso do poder diretivo, ainda que indiretamente. Com isso, a empresa foi condenada a pagar 8 mil reais de indenização ao funcionário autor do processo.

Na decisão original, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região argumentou que esse modo velado de incitação ao voto é ‘antijurídico’ e ‘fere o Estado Democrático de Direito’, além de representar ‘um verdadeiro acinte à integridade moral do cidadão’.

Já em grau de recurso do TST, o ministro Alberto Balazeiro, relator do caso, apontou que o abuso do poder econômico no âmbito eleitoral atinge toda a estrutura democrática.

“As práticas de coronelismo não serão toleradas em nenhum nível pelas instituições democráticas do Estado Brasileiro”, encerrou Belazeiro.

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