Em decisão inédita, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) autorizou, nesta semana, a guarda provisória de um menor a um homossexual. Jackson Francisco. Jackson, que mora com a criança desde o nascimento, já tinha conseguido a guarda por meio da Vara da Infância e da Juventude, mesmo sem ter qualquer parentesco com o garoto.
A mãe do menino, de 9 anos, cumpre pena há quatro no Presídio Feminino do Distrito Federal. Esta é a quarta vez que ela é presa por porte de drogas. Mesmo assim, já tentou várias vezes resgatar a guarda do garoto. “Se ela recorrer da decisão, não vou interferir. O menino é que vai escolher com quem ficar”, afirmou Jackson. Ele disse ainda que o garoto não gosta de fazer visitas à mãe na prisão.
O menino é órfão de pai e poderia ficar com a avó paterna, que, porém, já comunicou ao Tribunal que não tem condições financeiras para criar o neto. A avó já cuida de outro garoto, filho da mesma mãe. O Tribunal considerou que Jackson Francisco é uma pessoa idônea, trabalhadora, bem vista por todos, e que a opção sexual não interfere na decisão de conceder a guarda.