A Jordânia indiciou quatro homens por planejarem realizar ataques contra norte-americanos no país, disse no sábado o promotor coronel Mahmoud Obeidat.
Ele confirmou as notícias divulgadas pela imprensa jordaniana dos indiciamentos, mas não deu mais detalhes.
Segundo os jornais Al-Rai e Ad-Dustour, os quatro homens foram acusados de porte ilegal de armas automáticas e de planejar ataques contra cidadãos dos Estados Unidos, especialmente contra aqueles que vivem na região de Azraq, onde está localizada a maior base aérea da Jordânia, 70 quilômetros a noroeste de Amã e 240 quilômetros da fronteira com o Iraque.
Três dos indiciados estão sob custódia e admitiram planejar os ataques, mas o quarto homem, funcionário do Ministério da Fazenda, está sendo procurado, de acordo com os jornais. As acusações podem levar à pena de morte.
Em 2002, o governo negou as especulações de que a Jordânia estaria permitindo que os soldados norte-americanos usassem a base de Azraq para preparar um ataque contra o Iraque e abriu a base a jornalistas.
O Al-Rai afirma que os suspeitos treinaram tiros num rifle automático Kalashnikov em uma fazenda do tio de um deles e que assistiam cenas em vídeo de “operações de resistência”. Eles tornaram-se muçulmanos estritos em 2003 e acreditam que a jihad (guerra santa) e o martírio podem sanar seus pecados, segundo o jornal.
Onze muçulmanos estão sendo julgados na Jordânia acusados de matar um diplomata em Amã em 2002. Eles também podem ser condenados à morte, mas podem recorrer.