Jogadores franceses acusados de estupro são transportados a Mendoza

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Publicado quinta-feira, 11 de julho de 2024 as 13:03, por: CdB

Os atletas saíram com uma comitiva policial com várias motos e veículos da sede da divisão Interpol da Polícia Federal argentina com destino a Mendoza, mil quilômetros a oeste, para se apresentarem ao Ministério Público.

Por Redação, com CartaCapital – de  Buenos Aires

Os dois jogadores de rugby franceses acusados de estupro e agressão física na Argentina foram transportados nesta quinta-feira da sede da Interpol em Buenos Aires, onde estavam detidos desde segunda, para Mendoza, onde teriam ocorrido os incidentes, segundo um porta-voz do governo provincial.

Jogadores serão transportados por via terrestre, em viagem que pode durar até 15 horas

Os atletas saíram com uma comitiva policial com várias motos e veículos da sede da divisão Interpol da Polícia Federal argentina com destino a Mendoza, mil quilômetros a oeste, para se apresentarem ao Ministério Público e serem submetidos a exames médicos, confirmou um jornalista da agência francesa de notícias AFP no local.

O chefe de imprensa do Ministério da Segurança de Mendoza, Javier García, confirmou à AFP que os detidos serão transportados por via terrestre, em uma viagem com duração entre 12 e 15 horas.

Hugo Auradou, de 20 anos, e Oscar Jegou, de 21, foram detidos na segunda-feira em Buenos Aires, dois dias depois de disputarem um amistoso contra a Argentina.

O incidente teria ocorrido na noite de sábado para domingo, no Hotel Diplomático de Mendoza, onde estavam hospedados jogadores e comissão técnica para o primeiro treino contra os ‘Pumas’, como é conhecida a seleção argentina.

A advogada da denunciante, Natacha Romano, afirmou à AFP na quarta-feira que Auradou convidou a mulher para tomar um drink em seu quarto depois de encontrá-la em um bar. No cômodo, ele e Jegou supostamente a estupraram e espancaram com “violência feroz”.

Em comunicado, a Federação Francesa de Rugby (FFR) declarou que os atletas “confirmaram que tiveram relações sexuais com a jovem durante a noite, mas negaram firmemente qualquer forma de violência”.

O advogado de defesa, Rafael Cúneo Libarona, disse à AFP que tinha “provas concretas” que demonstravam que houve consentimento.

Justiça solta técnico preso por suspeita de injúria racial após jogo

O Tribunal de Justiça da Bahia concedeu na quarta-feira liberdade provisória ao técnico português Hugo Miguel Duarte Macedo, treinador do time feminino do JC Futebol Clube – preso em flagrante na última segunda por suspeita de injúria racial contra a zagueira do Bahia Suelen Santos. O fato ocorreu após a partida dos dois clubes pelas quartas de final da Série A2 (segunda divisão) do Campeonato Brasileiro Feminino, no Estádio de Pituaçu, em Salvador.

Após audiência de custódia, a juíza Marcela Moura França determinou o cumprimento de várias medidas cautelares para a soltura do treinador, como o pagamento de fiança no valor de 30 salários mínimos (o equivalente a R$ 42 mil) e o compromisso de manter distância de pelo menos 200 metros da vítima, no caso Suelen Santos. O técnico, de 44 anos, também terá de comparecer a cada dois meses em juízo pelo prazo de um ano e não poderá se ausentar de Manaus (AM), onde vive, sem prévia permissão da Justiça.

Na noite da última segunda, ao fim do jogo da volta das quartas de final da Série A2, o time feminino do Bahia comemorava o acesso à Série A1 (primeira divisão) do Brasileiro em 2025, quando começou uma confusão. O jogo terminou empatado sem gols, mas o Bahia, também conhecido como “Mulheres de Aço”, se classificou às semifinais pois já vencera o primeiro jogo por 2 a 0.

Houve bate-boca entre jogadoras do Bahia e Hugo Duarte, técnico do time amazonense. Em meio ao tumulto, Suelen relatou à arbitra ter sido alvo de xingamento racista por parte de Duarte. A Polícia Militar foi chamada ao estádio e encaminhou Suelen, o técnico Duarte e testemunhas à Central de Flagrantes, onde o boletim de ocorrência foi registrado. Hugo Duarte negou os xingamentos de cunho racista, mas foi preso por suspeita de injúria racial.

Na quarta, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia manifestou apoio à Suelen Santos e demais jogadoras do Mulheres de Aço, em nota oficial publica no site da instituição.

“Além do comportamento machista e misógino contra as jogadoras do time baiano, o técnico, ao proferir injúrias racistas na tentativa de depreciar a honra da jogadora, demonstra seu total despreparo para exercer um cargo que deve primar pelo respeito à função social do esporte e a coletividade. O futebol feminino é um espaço de empoderamento e fortalecimento da pluralidade e diversidade de todas as mulheres, e não pode admitir atitudes racistas e machistas, principalmente quando tomadas por pessoas que deveriam ser exemplo na luta contra o preconceito”.

Na noite de segunda, os clubes Bahia e JC Futebol Clube também repudiaram o ocorrido por meio de notas oficiais publicadas nas redes sociais. No dia seguinte, Suelen Santos também recorreu às redes sociais para se manifestar a respeito do episódio no Estádio do Pituaçu. 

– A Constituição Brasileira delineia o direito de ser tratado como igual perante os demais membros da sociedade, sem discrição de etnia e raça – defendeu a atleta.” A naturalização que foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista”.

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