O papa João Paulo II celebra nesta quinta-feira sua eleição há 25 anos para o trono de São Pedro. A comemoração começou com uma cerimônia solene na sala Paulo VI ante mais de 300 prelados, entre eles uma centena de cardeais e todos os presidentes das conferências episcopais, além dos secretários dos Dicastérios da Cúria Romana, participaram na cerimônia.
O pontífice de 83 anos recebeu uma recepção de herói ao chegar ao salão de audiências do Vaticano. Com a cabeça caída para o lado, João Paulo saudou os fiéis, que levantaram para homenageá-lo. “Estou convencido de que ele é um dos maiores papas da história”, disse o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes.
Durante a cerimônia da manhã, o Papa assinou a exortação apostólica com as conclusões do Sínodo Episcopal de 2001 sobre o papel do bispo “como esperança do mundo”. Segundo o documento, o mundo parece envolvido em uma “guerra dos poderosos contra os fracos”. “Em muitas áreas o mundo se parece com um barril de pólvora pronto para explodir e espalhar imenso sofrimento sobre a família humana”, escreveu, em uma contundente acusação contra as nações ricas. O fundamentalismo religioso também foi condenado.
O destaque das comemorações de hoje é uma missa a céu aberto no começo da noite – a mesma hora do dia em que ele apareceu ao mundo depois de ter sido eleito, em 16 de outubro de 1978. Sobre os rumores de que pontífice estaria fraco demais inclusive para aproveitar a ocasião, seu porta-voz, o espanhol Joaquín Navarro Valls, afirmou que o “Papa passa muitas horas rezando e encontrará a força para superar as enfermidades que o afetam”. “Hoje de manhã se levantou cedo, como sempre, e rezou na capela particular”, contou.