Jaques Wagner quer incluir nos debates da Alca o problema do emprego na América Latina

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Publicado sexta-feira, 21 de novembro de 2003 as 09:42, por: CdB

O ministro do Trabalho e Emprego e presidente da Conferência dos Ministros do Trabalho das Américas (OEA), Jaques Wagner propôs nesta quinta-feira, em pronunciamento durante o encontro ministerial da Alca, em Miami, uma reunião conjunta entre os ministros do Trabalho e do Comércio de todos os 34 países da OEA. Wagner sugeriu ainda que os ministros da Alca incluam nos debates sobre o acordo comercial os problemas do emprego nas Américas, fortalecendo a dimensão laboral na política econômica.

Jaques Wagner defendeu ainda o “trabalho decente”, conforme as normas da Organização Internacional do Trabalho e o seu uso como política protecionista em benefício dos trabalhadores. O Secretário do Comércio Exterior dos EUA, Roberto Zoellick presidia a sessão e manifestou simpatia pela realização do encontro.

– Gostaríamos de sugerir a Vossas Excelências que considerem a possibilidade de estabelecermos, pelos mecanismos institucionais disponíveis, um diálogo fecundo e regular entre nossos Ministérios, envolvendo também organizações de empregadores e de trabalhadores, para o exame dos componentes sociolaborais da Área de Livre Comércio das Américas e a antecipação de seus efeitos nos planos locais e regionais. Em lugar e tempo oportunos, quero sugerir uma reunião de Ministros Responsáveis por Comércio no Hemisfério e de Ministros do Trabalho, em que focalizaríamos os pontos de interseção de nossas áreas e buscaríamos, sobre tal base, concertar uma agenda positiva de políticas e ações para o Continente- defendeu o ministro.

Jaques Wagner entregou a Zoellick, o relatório integral do Grupo de Trabalho, sobre a “Dimensão Sociolaboral do Processo da Cúpula das Américas”. Esse grupo aprofundará, durante o biênio da Décima Terceira Conferência Interamericana de Ministros do Trabalho da OEA, os estudos dos efeitos da globalização sobre o emprego e o trabalho, com vistas a intensificar a possibilidade de integração das políticas econômicas e sociais.

O relatório considera que a integração econômica é vital para o futuro dos trabalhadores do Hemisfério. O fluxo crescente de inversões produtivas, o comércio transfronteiriço isento de discriminação protecionista e os mercados internacionais seguros são essenciais para o crescimento e desenvolvimento econômico dos países.