Jair Bolsonaro gasta dinheiro do fundo eleitoral e custa caro ao PL

Arquivado em: Política, Últimas Notícias
Publicado segunda-feira, 14 de novembro de 2022 as 15:21, por: CdB

Em outubro, três das oito rádios citadas pela campanha de Bolsonaro questionaram o documento enviado pela coligação do chefe do Executivo federal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As emissoras, porém, apontaram diferenças entre o que foi veiculado. 

Por Redação – de Brasília

A coordenação de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou à Justiça Eleitoral, nesta segunda-feira, a despesa de R$ 1 milhão pagos à empresa Audiency Brasil, responsável pela auditoria que apontou, sem qualquer prova ou evidência, a existência de uma suposta fraude em inserções em rádios. “O valor é o dobro do recebido pela Soundview, que realizava serviços de checking para o presidente até então” , avalia o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no diário conservador carioca O Globo, nesta manhã.

Bolsonaro
Presidente derrotado, Jair Bolsonaro (PL) não tem aparecido para trabalhar em seu escritório, no Palácio do Planalto

“Bolsonaro queria que fosse instaurada uma investigação para verificar se houve favorecimento a Lula. O ministro Alexandre de Moraes, no entanto, negou o pedido. Em sua decisão, disse que a Audiency não oferece as condições necessárias de segurança para as conclusões apontadas”, acrescenta o colunista.

Em outubro, três das oito rádios citadas pela campanha de Bolsonaro questionaram o documento enviado pela coligação do chefe do Executivo federal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As emissoras, porém, apontaram diferenças entre o que foi veiculado, e o número e os horários das inserções identificadas na auditoria realizada pela Audiency.

Gastança

As emissoras também disseram ter gravações dos dias citados pela auditoria e que as mesmas estavam à disposição do Judiciário. Poucos dias após a campanha bolsonarista fazer os questionamentos, o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP), reconheceu que o PL – partido de Jair Bolsonaro – foi o culpado por não ter enviado às inserções eleitorais para as rádios.

Não bastasse a gastança injustificada com a contratação milionária da empresa de pesquisa, o PL terá que arcar com mais despesas destinadas à manutenção do futuro ex-presidente. Mesmo sem as benesses da Presidência da República a partir de 2023, o presidente Jair Bolsonaro, que foi derrotado das urnas, deverá receber do PL um escritório com assessores, carros à disposição e uma remuneração equivalente ao do presidente do partido, Valdemar Costa Neto.

Ainda segundo Jardim, a cúpula do PL já sabe que precisará pagar o salário de R$ 39.293,32 para Bolsonaro, que é o mesmo de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Os recursos também serão extraídos do fundo partidário, pago pelos brasileiros.

Remunerado

Além dos valores do partido, Bolsonaro terá seus R$ 42 mil que recebe com as aposentadorias de militar e de deputado. Também terá direito a oito funcionários por ter sido presidente da República.

Recentemente, com os rumores de que poderia apoiar o novo governo do ex-presidente Lula (PT), que se inicia a partir do próximo ano, levaram o presidente Costa Neto a convocar uma coletiva de imprensa e adiantar que pretende fazer oposição ao novo governo. Além disso, disse que Bolsonaro seria o presidente de honra do PL e que ele teria uma função remunerada na legenda.

— Quero pagar o maior valor que eu puder, porque ele é um cabo eleitoral de 58 milhões de votos. Bolsonaro é o nosso capitão, vamos seguir ele no que for preciso — resumiu Valdemar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *