Itália aumenta impostos para estrangeiros super-ricos

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Publicado sábado, 10 de agosto de 2024 as 17:54, por: CdB

Diante da pressão sobre as finanças públicas da Itália antes da elaboração do orçamento, a primeira-ministra Giorgia Meloni busca maneiras de aumentar as receitas.

Por Redação, com Ansa – de Roma

A Itália dobrará o imposto fixo sobre a renda obtida no exterior para novos residentes super-ricos que têm se mudado para o país para aproveitar essa vantagem. O pagamento anual de € 100.000 (aproximadamente R$ 601.600) — que isenta pessoas que se mudam para o país de impostos sobre rendimentos, presentes e heranças do exterior por 15 anos — aumentará para € 200.000 (R$ 1.203.000), disse o ministro das Finanças, Giancarlo Giorgetti, nesta semana. O ministro brasileiro da Fazenda, Fernando Haddad, é um dos principais incentivadores, em nível mundial, da cobrança elevada de impostos para as grandes fortunas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulga a necessidade do imposto para os super-ricos

— A medida que causou muito barulho é o aumento de duas vezes do imposto fixo para bilionários que decidem transferir seu domicílio fiscal para a Itália — disse Giorgetti em uma coletiva de imprensa em Roma após uma reunião do gabinete.

Diante da pressão sobre as finanças públicas da Itália antes da elaboração do orçamento, a primeira-ministra Giorgia Meloni busca maneiras de aumentar as receitas.

 

Mexicanos

O imposto fixo, criado em 2017 e atualmente utilizado por cerca de 4.000 pessoas, é visto como uma das opções.

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O jornal italiano Il Messaggero informou sobre o possível aumento na quarta-feira.

 

Especulações

A cobrança economiza dinheiro para aqueles com grandes quantias de renda no exterior, embora qualquer coisa que eles ganhem na Itália esteja sujeita às mesmas regulamentações fiscais que todos os demais habitantes.

As declarações de Giorgetti seguem especulações deste mês de que o governo planeja aumentar a receita com impostos sobre empresas financeiras e de energia.

Não há planos para tributar os “lucros extras” de bancos e outras empresas, disse Giorgetti — descartando uma medida semelhante a uma iniciativa do ano passado que foi enfraquecida após uma onda vendedora no setor financeiro da Itália.

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